Dois amigos trabalharam vinte anos com a mesma mulher...um deles se apaixonou por ela, o outro não...
Um peixe vira para o outro e diz: eu ainda encontro esse tal de oceano que todo mundo fala...
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
sábado, 18 de dezembro de 2010
Porque eu sou a favor da legalização das drogas
Antes de listar meus argumentos suportanto o título acima, preciso deixar claros 02 pontos:
- esta minha opinião está longe de ser definitiva. Venho tendo variações enormes a respeito deste assunto. Decidi escrever pois escrever me ajuda a clarear meus sentimentos e a refletir sobre a minha própria opinião. Também percebi que alguns amigos gostam de se manifestar em alguns posts que tenho escrito. Espero, sinceramente, que alguns deles dediquem um pouco de seu tempo criticando meus argumentos, de forma que eu possa enriquecer o que penso.
- embora tenha um pouco de receio que isto possa acontecer, eu nao quero, de forma alguma, influenciar ninguém. A opinião que cada pessoa tem de cada assunto é de responsabilidade da própria pessoa. Sobre este tema tão polêmico eu tenho lido, conversado e até tido experiências práticas, de forma que os próximos parágrafos são resultados parciais da minha história, única e individual.
Bem, vamos ao que interessa.
Não quero entrar aqui em digressões históricas e antropológicas sobre a relação do homem com substancias psicoativas. Primeiro porque nao tenho elementos para tal. Segundo, estou com uma imensa preguiça de buscar este tipo de informação. Como já escrevi acima, a minha opinião atual baseia-se na minha experiencia teórica e prática de leigo.
Entretanto, qualquer um percebe o crescente embate que os Estados e a Sociedade têm com as organizações ilegais que nascem ao redor do narcotráfico. Somas monstruosas de dinheiro, de esforços e de vidas tem sido investidas no aspecto da repressão da produção e venda de drogas ilícitas. Apesar de haver mercado negro, não se vê nada parecido ocorrendo com as drogas lícitas.
Um dos pilares fundamentais do Código Penal brasileiro é o princípio da alteridade. Este princípio reza que apenas podem ser passíveis de punição condutas que gerem prejuízos a terceiros. Embebedar-ser não é um ato proibido, pois o uníco ente a sofrer as consequencias deste ato é o próprio praticante. Conduzir um veículo alcoolizado é crime, desnecessário explicar porque. Por esta razão, a tentativa de suicídio não sofre punição. Até que ponto o consumo de substâncias psicoativas enquadra-se neste príncípio?
O mesmo documento citado no parágrafo anterior considera drogas lícitas o tabaco e o álcool (além das drogas utilizadas em tratamentos fisiológicos, como os ansioliticos, antipsicóticos e afins) e drogas ilícitas as outras substancias entorpecentes com potencial aditivo (viciante) como a maconha, a cocaína, a heroína e o LSD. Embora ainda esteja na esfera do Direiro Penal (ou seja, sujeita à penalidades), a posse de pequena quantidade de droga ilícita não é mais rotulada crime desde 2006. De forma prática, se alguém for pego com uma quantidade considerada de uso pessoal de LSD, estará cometendo uma infração e não mais um crime, o que tornará sua punição bastante mais branda. Me parece que o Direito brasileiro está caminhando em um sentido correto.
Acontece que o potencial aditivo de algumas drogas lícitas são maiores do que várias drogas ilícitas (exemplos de substancias e seus potenciais de causar dependencia: tabaco – 32%, heroína – 23%, cocaína – 17%, álcool – 15%, estimulantes não cocaínicos – 11%, maconha – 9%, psicodélicos – 5% e inalantes – 4% 1). Importante ressaltar que potencial aditivo não guarda nenhuma relação com os efeitos do uso agudo ou cronico da droga.
Em 2009, o Estado brasileiro, nas suas três esferas, gastou aproxidamente R$ 48 bilhões de reais em Segurança Pública 2. Não tenho informação sobre o percentual deste montante investido no combate ao tráfico de drogas e às atividades satélites mas presumo que seja uma quantidade significativa.
Quis listar as informações acima para edificar o que, ao meu ver, é a principal razão para o Estado brasileiro pensar na legalização do uso de drogas ilícitas: este comportamento deve,ainda que lenta e gradualmente, migrar do âmbito da Segurança Pública para o da Saúde e da Educação Pública. Na minha visão, um adito deve ser encarado como alguém merecedor de tratamento e todos nós como potenciais consumidores de drogas. Fico pensando o que aconteceria se boa parte do dinheiro mencionado no parágrafo anterior pudesse ser investida em amplas campanhas educativas de prevenção ao consumo e no tratamento de pessoas cujas vidas estejam sendo destruídas pelas drogas. Infelizmente, o combate ostensivo da criminalidade resultante da proibição demanda muito recurso.
Um outro argumento pro legalização é que, da forma como é um viciado, alguém que consuma eventualmente ou simplesmente que queira experimentar é obrigado a navegar em águas muito próximas às águas da marginalidade, pois a aquisição da substância o obriga a conviver com criminosos.
Eu acho que manter o consumo de drogas ilícito é tentar tapar o sol com a peneira. O ser humano, por razões que fogem ao meu entendimento, sempre se drogou. Segundo a ONU, 30% da população mundial faz uso do tabaco e 60% do alcool 3. Estas duas substâncias tem um mercado oficial, significando locais de venda e comunicação regrados; produção com normas de qualidade rígidas;empregos sendo gerados; tributos arrecadados e campanhas educativas e órgaos de recuperação existindo na legalidade. Acredito que para as outras drogas deva acontecer o mesmo.
Concluo reafirmando que sou absolutamente contrario ao consumo de drogas. E falo isso com a experiencia de quem, por 02 anos, fez uso de um psicoativo extremamente poderoso (o DMT - outro dia escrevo isso) e de quem já experimentou algumas drogas ilícitas. A idéia da legalização, como espero ter conseguido transmitir neste longo texto, é a de colocar a questão onde ela deve ser tratada: pelos Ministérios da Educação e da Saúde e não pelo da Justiça, pela Polícia e pelas penitenciárias.
Fontes:
1 - http://www.fapepi.pi.gov.br/novafapepi/sapiencia9/artigos2.php
2 - http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4842114-EI306,00-Investimentos+em+seguranca+publica+crescem+no+Brasil.html
3 - http://www.aids.gov.br/noticia/60-da-populacao-mundial-consome-alcool
- esta minha opinião está longe de ser definitiva. Venho tendo variações enormes a respeito deste assunto. Decidi escrever pois escrever me ajuda a clarear meus sentimentos e a refletir sobre a minha própria opinião. Também percebi que alguns amigos gostam de se manifestar em alguns posts que tenho escrito. Espero, sinceramente, que alguns deles dediquem um pouco de seu tempo criticando meus argumentos, de forma que eu possa enriquecer o que penso.
- embora tenha um pouco de receio que isto possa acontecer, eu nao quero, de forma alguma, influenciar ninguém. A opinião que cada pessoa tem de cada assunto é de responsabilidade da própria pessoa. Sobre este tema tão polêmico eu tenho lido, conversado e até tido experiências práticas, de forma que os próximos parágrafos são resultados parciais da minha história, única e individual.
Bem, vamos ao que interessa.
Não quero entrar aqui em digressões históricas e antropológicas sobre a relação do homem com substancias psicoativas. Primeiro porque nao tenho elementos para tal. Segundo, estou com uma imensa preguiça de buscar este tipo de informação. Como já escrevi acima, a minha opinião atual baseia-se na minha experiencia teórica e prática de leigo.
Entretanto, qualquer um percebe o crescente embate que os Estados e a Sociedade têm com as organizações ilegais que nascem ao redor do narcotráfico. Somas monstruosas de dinheiro, de esforços e de vidas tem sido investidas no aspecto da repressão da produção e venda de drogas ilícitas. Apesar de haver mercado negro, não se vê nada parecido ocorrendo com as drogas lícitas.
Um dos pilares fundamentais do Código Penal brasileiro é o princípio da alteridade. Este princípio reza que apenas podem ser passíveis de punição condutas que gerem prejuízos a terceiros. Embebedar-ser não é um ato proibido, pois o uníco ente a sofrer as consequencias deste ato é o próprio praticante. Conduzir um veículo alcoolizado é crime, desnecessário explicar porque. Por esta razão, a tentativa de suicídio não sofre punição. Até que ponto o consumo de substâncias psicoativas enquadra-se neste príncípio?
O mesmo documento citado no parágrafo anterior considera drogas lícitas o tabaco e o álcool (além das drogas utilizadas em tratamentos fisiológicos, como os ansioliticos, antipsicóticos e afins) e drogas ilícitas as outras substancias entorpecentes com potencial aditivo (viciante) como a maconha, a cocaína, a heroína e o LSD. Embora ainda esteja na esfera do Direiro Penal (ou seja, sujeita à penalidades), a posse de pequena quantidade de droga ilícita não é mais rotulada crime desde 2006. De forma prática, se alguém for pego com uma quantidade considerada de uso pessoal de LSD, estará cometendo uma infração e não mais um crime, o que tornará sua punição bastante mais branda. Me parece que o Direito brasileiro está caminhando em um sentido correto.
Acontece que o potencial aditivo de algumas drogas lícitas são maiores do que várias drogas ilícitas (exemplos de substancias e seus potenciais de causar dependencia: tabaco – 32%, heroína – 23%, cocaína – 17%, álcool – 15%, estimulantes não cocaínicos – 11%, maconha – 9%, psicodélicos – 5% e inalantes – 4% 1). Importante ressaltar que potencial aditivo não guarda nenhuma relação com os efeitos do uso agudo ou cronico da droga.
Em 2009, o Estado brasileiro, nas suas três esferas, gastou aproxidamente R$ 48 bilhões de reais em Segurança Pública 2. Não tenho informação sobre o percentual deste montante investido no combate ao tráfico de drogas e às atividades satélites mas presumo que seja uma quantidade significativa.
Quis listar as informações acima para edificar o que, ao meu ver, é a principal razão para o Estado brasileiro pensar na legalização do uso de drogas ilícitas: este comportamento deve,ainda que lenta e gradualmente, migrar do âmbito da Segurança Pública para o da Saúde e da Educação Pública. Na minha visão, um adito deve ser encarado como alguém merecedor de tratamento e todos nós como potenciais consumidores de drogas. Fico pensando o que aconteceria se boa parte do dinheiro mencionado no parágrafo anterior pudesse ser investida em amplas campanhas educativas de prevenção ao consumo e no tratamento de pessoas cujas vidas estejam sendo destruídas pelas drogas. Infelizmente, o combate ostensivo da criminalidade resultante da proibição demanda muito recurso.
Um outro argumento pro legalização é que, da forma como é um viciado, alguém que consuma eventualmente ou simplesmente que queira experimentar é obrigado a navegar em águas muito próximas às águas da marginalidade, pois a aquisição da substância o obriga a conviver com criminosos.
Eu acho que manter o consumo de drogas ilícito é tentar tapar o sol com a peneira. O ser humano, por razões que fogem ao meu entendimento, sempre se drogou. Segundo a ONU, 30% da população mundial faz uso do tabaco e 60% do alcool 3. Estas duas substâncias tem um mercado oficial, significando locais de venda e comunicação regrados; produção com normas de qualidade rígidas;empregos sendo gerados; tributos arrecadados e campanhas educativas e órgaos de recuperação existindo na legalidade. Acredito que para as outras drogas deva acontecer o mesmo.
Concluo reafirmando que sou absolutamente contrario ao consumo de drogas. E falo isso com a experiencia de quem, por 02 anos, fez uso de um psicoativo extremamente poderoso (o DMT - outro dia escrevo isso) e de quem já experimentou algumas drogas ilícitas. A idéia da legalização, como espero ter conseguido transmitir neste longo texto, é a de colocar a questão onde ela deve ser tratada: pelos Ministérios da Educação e da Saúde e não pelo da Justiça, pela Polícia e pelas penitenciárias.
Fontes:
1 - http://www.fapepi.pi.gov.br/novafapepi/sapiencia9/artigos2.php
2 - http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4842114-EI306,00-Investimentos+em+seguranca+publica+crescem+no+Brasil.html
3 - http://www.aids.gov.br/noticia/60-da-populacao-mundial-consome-alcool
domingo, 12 de dezembro de 2010
Quinta-feira, 12 de outubro de 2006
Estou no trem Napoli – Roma. 16:30h. Dia lindo. Nápoles foi inesquecível.
1º dia: descansei no albergue. Spaguetti no almoço e no jantar; O Poderoso Chefão e Trainspotting no DVD.
2º dia: Pompéia e Paula. No busão de ida para Pompéia estávamos eu, uma americana gorda e maleta e Paula (argentina de cair o queixo) na frente trocando idéia com uma tiazinha.Horas depois, na parada para comer um sanduíche já em Pompéia, a encontro. Trocamos um monte de idéia - descobri estarmos no mesmo albergue - e nos encontramos novamente no meio da tarde. A partir daí não nos desgrudamos. À noite macarrão e vinho e Snatch no DVD. Mas sem beijo.
3º dia: Capri! Que dia! Acho que se eu recebesse a benção de poder viver um dia de novo antes de morrer, seria esse!
Fomos juntos. Chegamos a Capri por volta de 11h e pouco e fomos para o centro da cidade. Passeamos bastante pelas ruas de Capri, conversando e olhando a beleza das casas, muitas flores e frutas. Um senhor me ouviu falar à Paula que adorava figo e nos deu alguns de seus pés. Tava tudo tão perfeito que eu não iria tentar beijá-la pois não queria estragar o momento.
Achamos uma casa nas rochas e uma vista incrível e subimos mais um tantão até quase o cume daquela parte da ilha. Ficamos ali sentados por quase uma hora, com o mar abaixo de nós e Sorrento na nossa frente.Vi que a Paula começou a meditar então tentei não atrapalhar. Fiquei quietinho, tentando calcular a que velocidade chegaria na água se pulasse dali. Como naquele momento eu achei que estávamos a 50 metros de altura (depois a Paula me convenceu que deveríamos estar a uns 200 e poucos) e usando 9,8 m/s ao quadrado, cheguei a brilhante conclusão que após 10 segundos estaria a 60.000.000 de km/h. Achei que esse resultado era absurdo e desisti.
Na volta, paramos em restaurantezinho simpático e ficamos conversando sobre a vida até quase 5 e pouco. Papo delicioso! Voltamos para a marina, nadei um pouco nas águas do Mediterrâneo (essa hora foi ótima: em determinado momento, eu já havia saído da água, estávamos os dois sentados bem juntinhos. Não agüentei e soltei – claro, depois de 10 minutos degladiando comigo mesmo “vou agora..não, espera...vou falar....não, não tenho coragem..e se ela recusar ?...dane-se, vou falar....ah não, espera...” – sabe que o menino do ônibus tem muito bom gosto ? – no dia anterior, no ônibus de volta de Pompéia um adolescente estava claramente tentando se mostrar pra ela... – ela nem olhou pra mim...fiquei com uma puta cara de bosta. 2 minutos depois, ela foi à beira d’água lavar os chinelos e molhou os pés calçados. Eu peguei os pés dela , coloquei sobre minhas coxas, tirei os sapatos molhados e comecei a secar seus pés com a toalha...tava começando a montar o clima perfeito, até brinquei com ela “não vai se acostumar hein..” – até que ela respondeu bem “eu me acostumo fácil a coisas boas” – mas não deu tempo pra nada pois ela viu um barco atracando e disse “esse não é o barco das 18:25 ? Vamos embora nele ?” Puta comentário broxante, afinal eram 18:20!) e fomos embora.
Durante toda a volta ela dormiu e eu quis colocar sua cabeça no meu ombro, mas não o fiz. Ao chegar, fomos direto para o albergue.Tomamos banho e saímos para comer.
Conversamos bastante no restaurante. Conversa regada a vinho tinto e um licor de maça que a casa nos presenteou no final da refeição (depois que pagamos a conta, o garçom trouxe dois calices com este licor e me deu uma piscada, como que dizendo “fica me devendo essa, parceiro”) e saímos andando por Nápoles.
Passamos pela galeria Umberto I, a praça do plebiscito e sentamos para tomar mais um pouco de licor, dessa vez limoncello. Ficamos até 2 da manhã conversando. Falamos de história política da Argentina, dos ex-namorados dela, do pai dela, de futebol, de Diego Velásquez etc. Que conversa deliciosa!Ela confessou que estava adorando a conversa.
Bem, voltamos para o albergue já andando abraçadinhos, subimos o elevador, entramos pela recepção, puxei-a para a cozinha pois a recepcionista estava dormindo ali e dei um beijo nela. Foi gostoso. Mas após o beijo ela disse que precisava dormir. Não discuti. Demos outro beijo, ela me disse que tinha amado o dia, eu disse que ela era uma pessoa especial e ela foi dormir.
Hoje: nos despedimos de uma maneira morna, dei uma volta pela cidade – orla muito bonita – voltei ao albergue para pegar minha mala e vim para a estação. É isso aí, foi bom demais. Foi. Ás vezes odeio quando o verbo está no passado.
Próxima parada: Roma.
Estou no trem Napoli – Roma. 16:30h. Dia lindo. Nápoles foi inesquecível.
1º dia: descansei no albergue. Spaguetti no almoço e no jantar; O Poderoso Chefão e Trainspotting no DVD.
2º dia: Pompéia e Paula. No busão de ida para Pompéia estávamos eu, uma americana gorda e maleta e Paula (argentina de cair o queixo) na frente trocando idéia com uma tiazinha.Horas depois, na parada para comer um sanduíche já em Pompéia, a encontro. Trocamos um monte de idéia - descobri estarmos no mesmo albergue - e nos encontramos novamente no meio da tarde. A partir daí não nos desgrudamos. À noite macarrão e vinho e Snatch no DVD. Mas sem beijo.
3º dia: Capri! Que dia! Acho que se eu recebesse a benção de poder viver um dia de novo antes de morrer, seria esse!
Fomos juntos. Chegamos a Capri por volta de 11h e pouco e fomos para o centro da cidade. Passeamos bastante pelas ruas de Capri, conversando e olhando a beleza das casas, muitas flores e frutas. Um senhor me ouviu falar à Paula que adorava figo e nos deu alguns de seus pés. Tava tudo tão perfeito que eu não iria tentar beijá-la pois não queria estragar o momento.
Achamos uma casa nas rochas e uma vista incrível e subimos mais um tantão até quase o cume daquela parte da ilha. Ficamos ali sentados por quase uma hora, com o mar abaixo de nós e Sorrento na nossa frente.Vi que a Paula começou a meditar então tentei não atrapalhar. Fiquei quietinho, tentando calcular a que velocidade chegaria na água se pulasse dali. Como naquele momento eu achei que estávamos a 50 metros de altura (depois a Paula me convenceu que deveríamos estar a uns 200 e poucos) e usando 9,8 m/s ao quadrado, cheguei a brilhante conclusão que após 10 segundos estaria a 60.000.000 de km/h. Achei que esse resultado era absurdo e desisti.
Na volta, paramos em restaurantezinho simpático e ficamos conversando sobre a vida até quase 5 e pouco. Papo delicioso! Voltamos para a marina, nadei um pouco nas águas do Mediterrâneo (essa hora foi ótima: em determinado momento, eu já havia saído da água, estávamos os dois sentados bem juntinhos. Não agüentei e soltei – claro, depois de 10 minutos degladiando comigo mesmo “vou agora..não, espera...vou falar....não, não tenho coragem..e se ela recusar ?...dane-se, vou falar....ah não, espera...” – sabe que o menino do ônibus tem muito bom gosto ? – no dia anterior, no ônibus de volta de Pompéia um adolescente estava claramente tentando se mostrar pra ela... – ela nem olhou pra mim...fiquei com uma puta cara de bosta. 2 minutos depois, ela foi à beira d’água lavar os chinelos e molhou os pés calçados. Eu peguei os pés dela , coloquei sobre minhas coxas, tirei os sapatos molhados e comecei a secar seus pés com a toalha...tava começando a montar o clima perfeito, até brinquei com ela “não vai se acostumar hein..” – até que ela respondeu bem “eu me acostumo fácil a coisas boas” – mas não deu tempo pra nada pois ela viu um barco atracando e disse “esse não é o barco das 18:25 ? Vamos embora nele ?” Puta comentário broxante, afinal eram 18:20!) e fomos embora.
Durante toda a volta ela dormiu e eu quis colocar sua cabeça no meu ombro, mas não o fiz. Ao chegar, fomos direto para o albergue.Tomamos banho e saímos para comer.
Conversamos bastante no restaurante. Conversa regada a vinho tinto e um licor de maça que a casa nos presenteou no final da refeição (depois que pagamos a conta, o garçom trouxe dois calices com este licor e me deu uma piscada, como que dizendo “fica me devendo essa, parceiro”) e saímos andando por Nápoles.
Passamos pela galeria Umberto I, a praça do plebiscito e sentamos para tomar mais um pouco de licor, dessa vez limoncello. Ficamos até 2 da manhã conversando. Falamos de história política da Argentina, dos ex-namorados dela, do pai dela, de futebol, de Diego Velásquez etc. Que conversa deliciosa!Ela confessou que estava adorando a conversa.
Bem, voltamos para o albergue já andando abraçadinhos, subimos o elevador, entramos pela recepção, puxei-a para a cozinha pois a recepcionista estava dormindo ali e dei um beijo nela. Foi gostoso. Mas após o beijo ela disse que precisava dormir. Não discuti. Demos outro beijo, ela me disse que tinha amado o dia, eu disse que ela era uma pessoa especial e ela foi dormir.
Hoje: nos despedimos de uma maneira morna, dei uma volta pela cidade – orla muito bonita – voltei ao albergue para pegar minha mala e vim para a estação. É isso aí, foi bom demais. Foi. Ás vezes odeio quando o verbo está no passado.
Próxima parada: Roma.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Entre Suzuki e Heidegger
Shunryu Suzuki nasceu no Japão no comecinho do século 20. Em meados da década de 50, foi para os Estados Unidos para difundir a linha filosófica da qual era profundo conhecedor: o Zen.
A palavra japonesa Zen vem da palavra chinesa Chan que, por sua vez, tem sua origem na palavra sanscrita Dhyana, cujo significado seria algo entre Sabedoria e Concentração.
Os praticantes do Zen tem em seu ritual essencial sentar-se em silêncio. Entre outros objetivos, busca-se desenvolver total concentração na atividade presente. Se você está comendo, apenas coma. Se você está fazendo cocô, concentre-se apenas nesse ato.
Derivando-se deste fato, um dos aspectos fundamentais do Zen é o relacionamento. Quando você está totalmente concentrado no ato que está acontecendo, você pode, efetivamente, criar um relacionamento verdadeiro com seu interlocutor, pois sua atenção está 100% focada nele. Seja este interlocutor um outro ser humano, um animal, um objeto ou até mesmo o mar, os praticantes do Zen buscam desenvolver sua percepção de uma forma que sempre estejam completamente atentos a ele. A partir daí, é possível começar a entender um outro conceito, o Inter-Ser, que seria a rede de influências de uns com os outros e que nos une a todos.
Só a atenção completa pode nos mostrar a verdadeira essência de nós mesmos e da realidade que nos cerca.
Suzuki-san foi um dos organizadores do San Francisco Zen Center e até hoje é reconhecido como um dos maiores mestres Zen dos ultimos tempos. Faleceu no começo da década de 70.
Martin Heidegger era alemao, nascido no final do século 19. Filósofo, é considerado, ao lado de Hurssel, de quem fora assistente, um dos pais da Filosofia Fenomenológica, que viria a se desenvolver em uma abordagem da Psicologia.
Entre os diversos aspectos que esta teoria traz, um dos principais é o dasein, traduzido como algo parecido com ser-no-mundo, ou seja, não existe o ser (até existe, mas está além da nossa compreensão) e sim o ser inserido em um contexto, sempre relacionado a alguma coisa.
A abordagem fenomenológica busca a obtenção de um conceito de relacionamento chamado Eu-Tu, onde não há sujeito e objeto e sim dois sujeitos se relacionando com total atenção um ao outro, sem julgamentos e analises, simplesmente se relacionando. Apenas quando conseguimos este grau de atenção com um interlocutor, seja um outro ser humano, um animal, um objeto ou até mesmo o mar, é que começamos a entrar verdadeiramente na essência da nossa realidade e do que nos cerca.
Um terapeuta fenomenológico deve buscar levar seu paciente a um processo terapeutico amadurecido, onde a angustia inicial não mais seja um cobertor da verdadeira questão a ser trabalhada. Somente a partir daí, é possivel iniciar um processo de diálogo e desenvolvimento de uma relação integral do paciente consigo mesmo e, a partir daí, uma relação integral do paciente com o que o cerca, ou o Inter-Ser.
Heidegger morreu em meados da década de 70.
Há indícios que o mestre japonês e o filósofo alemão trocaram diversas correspondências.
A palavra japonesa Zen vem da palavra chinesa Chan que, por sua vez, tem sua origem na palavra sanscrita Dhyana, cujo significado seria algo entre Sabedoria e Concentração.
Os praticantes do Zen tem em seu ritual essencial sentar-se em silêncio. Entre outros objetivos, busca-se desenvolver total concentração na atividade presente. Se você está comendo, apenas coma. Se você está fazendo cocô, concentre-se apenas nesse ato.
Derivando-se deste fato, um dos aspectos fundamentais do Zen é o relacionamento. Quando você está totalmente concentrado no ato que está acontecendo, você pode, efetivamente, criar um relacionamento verdadeiro com seu interlocutor, pois sua atenção está 100% focada nele. Seja este interlocutor um outro ser humano, um animal, um objeto ou até mesmo o mar, os praticantes do Zen buscam desenvolver sua percepção de uma forma que sempre estejam completamente atentos a ele. A partir daí, é possível começar a entender um outro conceito, o Inter-Ser, que seria a rede de influências de uns com os outros e que nos une a todos.
Só a atenção completa pode nos mostrar a verdadeira essência de nós mesmos e da realidade que nos cerca.
Suzuki-san foi um dos organizadores do San Francisco Zen Center e até hoje é reconhecido como um dos maiores mestres Zen dos ultimos tempos. Faleceu no começo da década de 70.
Martin Heidegger era alemao, nascido no final do século 19. Filósofo, é considerado, ao lado de Hurssel, de quem fora assistente, um dos pais da Filosofia Fenomenológica, que viria a se desenvolver em uma abordagem da Psicologia.
Entre os diversos aspectos que esta teoria traz, um dos principais é o dasein, traduzido como algo parecido com ser-no-mundo, ou seja, não existe o ser (até existe, mas está além da nossa compreensão) e sim o ser inserido em um contexto, sempre relacionado a alguma coisa.
A abordagem fenomenológica busca a obtenção de um conceito de relacionamento chamado Eu-Tu, onde não há sujeito e objeto e sim dois sujeitos se relacionando com total atenção um ao outro, sem julgamentos e analises, simplesmente se relacionando. Apenas quando conseguimos este grau de atenção com um interlocutor, seja um outro ser humano, um animal, um objeto ou até mesmo o mar, é que começamos a entrar verdadeiramente na essência da nossa realidade e do que nos cerca.
Um terapeuta fenomenológico deve buscar levar seu paciente a um processo terapeutico amadurecido, onde a angustia inicial não mais seja um cobertor da verdadeira questão a ser trabalhada. Somente a partir daí, é possivel iniciar um processo de diálogo e desenvolvimento de uma relação integral do paciente consigo mesmo e, a partir daí, uma relação integral do paciente com o que o cerca, ou o Inter-Ser.
Heidegger morreu em meados da década de 70.
Há indícios que o mestre japonês e o filósofo alemão trocaram diversas correspondências.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
EU MAIOR - entrevista com Carlos Burle
Carlos Burle é considerado um dos maiores surfistas de ondas grandes da atualidade. Foi em 2001, na Califórnia, quando surfou uma onda com 20 metros de altura, que o esportista começou a se destacar. Também surfou a maior onda já fotografa no Backdoor de Pipeline, no Havaí. Dentro do seu programa de treinamento, Burle conta com exercícios de força misturados com alongamento, apnéia, yoga e meditação. Quando não está surfando, ou treinando, Burle dá palestras. Avaliação de risco e superação pessoal são alguns dos temas que traz para o público, sempre ilustrando suas palavras com imagens de tirar o fôlego. Para mais informações, visite www.carlosburle.com.
domingo, 5 de dezembro de 2010
Tende Calma
"Mandai assentar os homens"
Jesus Cristo em João 6:10
Esta passagem do Evangelho é das mais significativas. Verifica-se quando uma multidão de quase cinco mil pessoas tem necessidade de pão, no isolamento da natureza.
Os discípulos estão preocupados.
Filipe afirma que duzentos dinheiros não bastarão para atender à dificuldades imprevista.
André conduz ao Mestre um jovem que trazia consigo cinco pães de cevada e dois peixes.
Todos discutem.
Jesus, entretanto, recebe a migalha sem descrer de sua preciosa significação e manda que todos se assentem, pede que haja ordem, que se faça harmonia. E distribui o recurso com todos, maravilhosamente.
A grandeza da lição é profunda.
Os homens esfomeados de paz reclamam a assistência do Cristo. Falam nEle, suplicam-lhe socorro, aguardam-lhe as manifestações. Não conseguem, todavia, estabelecer a ordem em si mesmos, para a recepção dos recursos celestes. Misturam Jesus com as suas imprecações, suas ansiedades loucas e seus desejos criminosos. Naturalmente se desesperam, cada vez mais desorientados, porquanto nao querem ouvir o convite à calma, não se assentam para que se faça a ordem, persistindo em manter o próprio desequilíbrio.
Texto estraído de Caminho, Verdade e Vida de Emmanuel.
Jesus Cristo em João 6:10
Esta passagem do Evangelho é das mais significativas. Verifica-se quando uma multidão de quase cinco mil pessoas tem necessidade de pão, no isolamento da natureza.
Os discípulos estão preocupados.
Filipe afirma que duzentos dinheiros não bastarão para atender à dificuldades imprevista.
André conduz ao Mestre um jovem que trazia consigo cinco pães de cevada e dois peixes.
Todos discutem.
Jesus, entretanto, recebe a migalha sem descrer de sua preciosa significação e manda que todos se assentem, pede que haja ordem, que se faça harmonia. E distribui o recurso com todos, maravilhosamente.
A grandeza da lição é profunda.
Os homens esfomeados de paz reclamam a assistência do Cristo. Falam nEle, suplicam-lhe socorro, aguardam-lhe as manifestações. Não conseguem, todavia, estabelecer a ordem em si mesmos, para a recepção dos recursos celestes. Misturam Jesus com as suas imprecações, suas ansiedades loucas e seus desejos criminosos. Naturalmente se desesperam, cada vez mais desorientados, porquanto nao querem ouvir o convite à calma, não se assentam para que se faça a ordem, persistindo em manter o próprio desequilíbrio.
Texto estraído de Caminho, Verdade e Vida de Emmanuel.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Por que diabos todo vegetariano que eu conheço fica tentando me convencer dos malefícios do consumo de carne? Porra, puta saco!
Eu não tomo refrigerantes há anos e NUNCA tentei convencer ninguém a parar de tomar refri. Na verdade, me preocupo mais com o crescimento da população de pepinos-do-mar do que se alguém toma ou não refrigerante.
Mas vegetariano não: há sempre um argumento pró causa. Sejam os químicos na carne, sejam os pastos que devastam áreas verdes, seja o sangrento método de abate, sejam os gases do efeito estufa.
"Você já assistiu ao filme tal?"
"Você já foi a um matadouro?"
"Você viu que o consumo de carne dá cancer no esfincter?"
A sensação que me dá é os caras não são muito seguros com a própria escolha e ficam tentando arrastar alguém pro movimento..meio como evangélico destrambelhado que não tem lá muita certeza de que o jesus é mesmo tudo aquilo e fica tentando ver se você concorda com ele, numas de reforçar a própria crença...
Eu vou mandar fazer uma camiseta pra mim "Eu como bois. E frangos. E porcos. E peixes. E perus."
Vixe, imagina cruzar com um vegetariano evangélico?
Eu não tomo refrigerantes há anos e NUNCA tentei convencer ninguém a parar de tomar refri. Na verdade, me preocupo mais com o crescimento da população de pepinos-do-mar do que se alguém toma ou não refrigerante.
Mas vegetariano não: há sempre um argumento pró causa. Sejam os químicos na carne, sejam os pastos que devastam áreas verdes, seja o sangrento método de abate, sejam os gases do efeito estufa.
"Você já assistiu ao filme tal?"
"Você já foi a um matadouro?"
"Você viu que o consumo de carne dá cancer no esfincter?"
A sensação que me dá é os caras não são muito seguros com a própria escolha e ficam tentando arrastar alguém pro movimento..meio como evangélico destrambelhado que não tem lá muita certeza de que o jesus é mesmo tudo aquilo e fica tentando ver se você concorda com ele, numas de reforçar a própria crença...
Eu vou mandar fazer uma camiseta pra mim "Eu como bois. E frangos. E porcos. E peixes. E perus."
Vixe, imagina cruzar com um vegetariano evangélico?
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
boa tricolor..
E aí que o Verdão tomou um coco do Goiás em pleno Pacaembu...depois que eu terminei de comemorar, tive a ideia de escrever este post...
O Goiás vai disputar a final da Sul Americana com a LDU ou o time argentino que nao lembro o nome agora...as possibilidades do Goiás perder são altas (mais altas do que se o Palmeiras tivesse passado, na minha opinião)...
Ou seja, as chances do 4o colocado do Brasileirão ir para a Libertadores aumentaram bastante.
Com Santos e Internacional já classificados, os times que agora brigam por esta 4a vaga são Gremio, com 57 pontos, Atletico do Paraná e Botafogo, ambos com 56 pontos.
Vamos supor que o São Paulo não tivesse entregado o jogo para o Fluminense domingo passado. O São Paulo tinha reais chances de vitória, uma vez que terminou o primeiro tempo empatando em 1x1...O São Paulo, neste cenário, teria agora 54 pontos.
Os próximos jogos do SPFC são contra o fortíssimo Atletico de Goias (que acabou de levar 3x0 do Avaí) e contra o Atletico de Minas, já sem nenhuma pretensão no campeonato. Haveria boas chances do Tricolor fazer 06 pontos, chegando assim a 60 pontos e 17 vitórias.
Os adversários diretos à vaga na Libertadores têm os seguintes compromissos:
Gremio: pega o Guarani (desesperado para fugir do rebaixamento) em Campinas e depois pega o adversário direto Botafogo, em Porto Alegre. Se o Gremio perdesse um destes dois jogos, já ficaria abaixo do SPFC na tabela, por causa do numero de vitorias.
O Atletico do Paraná pega o Ceará em Fortaleza e o Avaí (desesperado para fugir do rebaixamento) em Curitiba. Se o Atletico não vencesse os 02 jogos, ficaria atrás do SPFC, pois o saldo de gols do São Paulo não estaria a porcaria que está, graças ao Fluminense.
O Botafogo pega a galinha morta do Prudente no Rio e depois confronto direto com o Gremio. Teria que vencer os 02 jogos para ficar na frente do SPFC.
Ou seja, apesar da necessidade de várias combinações, são resultados perfeitamente possiveis de acontecer. Tudo isso, claro, se o SPFC não tivesse jogado da forma que jogou...
E pra quem acha que o campeonato já está definido, se o Guarani nao perder para o Gremio, eu boto fé que o Timão leva esta taça..
Daí é Timao pentacampeão, Tricolor e Verdão jogando contra o Sampaio Correia pela Copa do Brasil ano que vem....
Bora Curíntia!!!!!!!!!!!!!!!!!
O Goiás vai disputar a final da Sul Americana com a LDU ou o time argentino que nao lembro o nome agora...as possibilidades do Goiás perder são altas (mais altas do que se o Palmeiras tivesse passado, na minha opinião)...
Ou seja, as chances do 4o colocado do Brasileirão ir para a Libertadores aumentaram bastante.
Com Santos e Internacional já classificados, os times que agora brigam por esta 4a vaga são Gremio, com 57 pontos, Atletico do Paraná e Botafogo, ambos com 56 pontos.
Vamos supor que o São Paulo não tivesse entregado o jogo para o Fluminense domingo passado. O São Paulo tinha reais chances de vitória, uma vez que terminou o primeiro tempo empatando em 1x1...O São Paulo, neste cenário, teria agora 54 pontos.
Os próximos jogos do SPFC são contra o fortíssimo Atletico de Goias (que acabou de levar 3x0 do Avaí) e contra o Atletico de Minas, já sem nenhuma pretensão no campeonato. Haveria boas chances do Tricolor fazer 06 pontos, chegando assim a 60 pontos e 17 vitórias.
Os adversários diretos à vaga na Libertadores têm os seguintes compromissos:
Gremio: pega o Guarani (desesperado para fugir do rebaixamento) em Campinas e depois pega o adversário direto Botafogo, em Porto Alegre. Se o Gremio perdesse um destes dois jogos, já ficaria abaixo do SPFC na tabela, por causa do numero de vitorias.
O Atletico do Paraná pega o Ceará em Fortaleza e o Avaí (desesperado para fugir do rebaixamento) em Curitiba. Se o Atletico não vencesse os 02 jogos, ficaria atrás do SPFC, pois o saldo de gols do São Paulo não estaria a porcaria que está, graças ao Fluminense.
O Botafogo pega a galinha morta do Prudente no Rio e depois confronto direto com o Gremio. Teria que vencer os 02 jogos para ficar na frente do SPFC.
Ou seja, apesar da necessidade de várias combinações, são resultados perfeitamente possiveis de acontecer. Tudo isso, claro, se o SPFC não tivesse jogado da forma que jogou...
E pra quem acha que o campeonato já está definido, se o Guarani nao perder para o Gremio, eu boto fé que o Timão leva esta taça..
Daí é Timao pentacampeão, Tricolor e Verdão jogando contra o Sampaio Correia pela Copa do Brasil ano que vem....
Bora Curíntia!!!!!!!!!!!!!!!!!
domingo, 21 de novembro de 2010
Há uma história de dois monges zen que se encontraram à beira de um rio. Eles logo verificaram que eram de monastérios vizinhos e cada um mostra curiosidade quanto à natureza do mestre do outro. Um dos monges diz: "Meu mestre é o maior de todos. Ele pode voar, pode caminhar sobre a água, pode ficar sem respirar por vinte minutos!" O outro balança a cabeça lentamente e sorri, dizendo: "Oh, seu mestre é de fato notável. Mas o meu é ainda mais: quando ele anda, ele apenas anda. Quando ele fala, ele apenas fala. Quando ele come, ele apenas come".
extraído de pensandozen.blogspot.com
extraído de pensandozen.blogspot.com
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Da série Grandes Filósofos da Música Pop
Capítulo de hoje: Jewel
"People living their lives for you on TV
They say they're better than you and you agree"
"I will let you undress me but I warn you
I have thorns like any rose"
"The more I live
The more I know
What is simple is true"
"Growing up is not an absence of dreaming
It's being able to understand the difference between the ones you can hold
And the ones that you've been sold"
"We are God's eyes
God's hands
God's eyes
We are God's hands
We are God's hands"
"They're just a couple of lost souls
Looking to rekindle some forgotten dreams
I hope they find what they're looking for
In the solace of the road"
"Birds always grow silent before the night descends
'Cause nature has a funny way of breaking what does not bend"
"I look to everybody but me to answer my prayers"
"Love me, just leave me alone"
fora que a mulher é gata bragarai....
"People living their lives for you on TV
They say they're better than you and you agree"
"I will let you undress me but I warn you
I have thorns like any rose"
"The more I live
The more I know
What is simple is true"
"Growing up is not an absence of dreaming
It's being able to understand the difference between the ones you can hold
And the ones that you've been sold"
"We are God's eyes
God's hands
God's eyes
We are God's hands
We are God's hands"
"They're just a couple of lost souls
Looking to rekindle some forgotten dreams
I hope they find what they're looking for
In the solace of the road"
"Birds always grow silent before the night descends
'Cause nature has a funny way of breaking what does not bend"
"I look to everybody but me to answer my prayers"
"Love me, just leave me alone"
fora que a mulher é gata bragarai....
terça-feira, 9 de novembro de 2010
aula de pós graduação
"Behind every great fortune, there is a crime.."
"You can act like a man..."
"Kay, it is not me, it is my family..."
"I'll make him an offer he can't refuse..."
"I have a sentimental weakness for my children, as you can see...I haven't been a good father...they talk when they should listen..."
"Life is beautiful"
"It's not personal, it is just business.."
"Now you come to me and ask for justice...but you don't ask with respect"
"One day, and that day may never come, I will ask you a favor...""
"You can act like a man..."
"Kay, it is not me, it is my family..."
"I'll make him an offer he can't refuse..."
"I have a sentimental weakness for my children, as you can see...I haven't been a good father...they talk when they should listen..."
"Life is beautiful"
"It's not personal, it is just business.."
"Now you come to me and ask for justice...but you don't ask with respect"
"One day, and that day may never come, I will ask you a favor...""
sábado, 6 de novembro de 2010
Pega um, pega geral, também vai pegar você..
Ontem fui assistir a Tropa de Elite 2. Eu saí do cinema completamente atordoado. Quando o filme terminou, eu fiquei ainda uns 10 minutos sentado, sem saber muito bem o que fazer, meio tonto. Lembro de ter sentido isso em outros filmes (como Requiem para um sonho e Na Natureza Selvagem).
À medida que fui reorganizando meus sentimentos, a pergunta que ficava na minha cabeça é: qual o fio do novelo? Por onde começar a resolver a situação?
Ainda não tenho uma opinião formada mas me parece que a resposta mais adequada pra mim é a Educação. O único problema é que a Educação, como temos hoje, não é a Educação a qual me refiro.
Não sou Pedagogo então o que vou escrever aqui é apenas a opinião de um leigo, passível de inúmeras falhas e incoerências lógicas mas resolvi expo-la assim mesmo.
A Educação, da forma como eu enxergo, deveria ser uma ferramenta de crescimento do indivíduo, na sua forma mais ampla, e não de redução ou ajustamento. Por crescimento eu quero dizer evolução; por evolução eu quero dizer estar melhor depois do que antes.
Da maneira como eu enxergo e para efeitos de clareza deste texto, creio que podemos elencar três esferas que, juntas, formam um ser humano: esfera intelectual, esfera moral (ou espiritual ou emocional) e esfera física. Acredito que a Educação deva prover ao individuo ferramentas para que, de acordo com seu esforço, vontade e ambiente social, ele chegue ao ponto mais longe possível de expansão destas três esferas. Obviamente cada um terá uma preferencia por áreas mais alinhadas com cada uma das esferas mas o individuo, em uma sociedade perfeita, deveria ter a prerrogativa da escolha.
Desta forma penso que, para atingir o objetivo de proporcionar algo mais próximo à plenitude do individuo, os órgãos competentes a pensar as estratégias educacionais deveriam considerar a Educação pautada em 03 pilares, a saber:
1 - Erudição
A Erudição é a forma clássica como entendemos Educação: aquisição de conhecimento intelectual. É muito importante saber que 2 + 2 =4, o que é um mol e a função da mitocôndria. A instrução das disciplinas (Matemática, Linguas, Historia etc) como temos hoje é fundamental e deve continuar pois este conhecimento forma a base a partir da qual funções mais "nobres" serão desenvolvidas. E quais são estas "funções mais nobres"? Os dois pilares que listo a seguir.
2 - Capacidade Crítica
O conhecimento intelectual, sozinho, não é capaz de fazer com que um ser humano tenha capacidade de melhores decisões na condução da sua vida. É necessário desenvolver a capacidade de analisar a situação e o ambiente à sua volta e discernir o que é, provavelmente, o melhor a fazer. E isto é uma capacidade que deve ser desenvolvida ao longo da vida. Nós precisamos, desde cedo, receber a informação de que isto é importante e aprender, dentro do possível, como fazer isto. Eu não vejo ferramentas mais potentes de desenvolvimento desta capacidade do que a Arte e a Filosofia. A literatura, a música, as artes plásticas e dramaticas, as artes do corpo e a Filosofia, a meu ver, representam métodos de desenvolvimento da inteligencia analítica extremamente poderosas e deveriam receber um carinho muito maior na formação do ser, desde cedo.
3 - Autoconhecimento
Sociedade é o coletivo de indivíduos. Uma sociedade melhor só existe se houver indivíduos melhores. Neste sentido, o método mais eficaz de melhora social é cada um buscar se melhorar. E eu entendo que se conhecer, entender as razões pelas quais você se comporta ou sente de determinada forma é a única maneira de evoluir moralmente. Eu conheço algumas ferramentas muito eficazes neste sentido e que podem ser aplicadas de forma maciça: as Artes e a Filosofia (novamente), os esportes, as artes marciais, a dança e o canto, yoga, meditação (por que não ter práticas de meditação em alguma etapa da formação do individuo?) e técnicas de concentração.
Não há uma ordem de importância neste três pilares que citei. Os 3 deveriam ter a mesma importância durante a formação de um ser que seja capaz de atingir a sua plenitude. E claramente eles se misturam. Mas o importante é ter como meta o desenvolvimento destas três capacidades que, na minha ótica, vão permitir ao ser se desenvolver de uma forma mais completa.
Como não tenho nenhuma pretensão política muito menos de tentar convencer ninguém de nada eu, dentro da minha pequenez, estou tentanto trabalhar estes 03 pilares em mim mesmo...
À medida que fui reorganizando meus sentimentos, a pergunta que ficava na minha cabeça é: qual o fio do novelo? Por onde começar a resolver a situação?
Ainda não tenho uma opinião formada mas me parece que a resposta mais adequada pra mim é a Educação. O único problema é que a Educação, como temos hoje, não é a Educação a qual me refiro.
Não sou Pedagogo então o que vou escrever aqui é apenas a opinião de um leigo, passível de inúmeras falhas e incoerências lógicas mas resolvi expo-la assim mesmo.
A Educação, da forma como eu enxergo, deveria ser uma ferramenta de crescimento do indivíduo, na sua forma mais ampla, e não de redução ou ajustamento. Por crescimento eu quero dizer evolução; por evolução eu quero dizer estar melhor depois do que antes.
Da maneira como eu enxergo e para efeitos de clareza deste texto, creio que podemos elencar três esferas que, juntas, formam um ser humano: esfera intelectual, esfera moral (ou espiritual ou emocional) e esfera física. Acredito que a Educação deva prover ao individuo ferramentas para que, de acordo com seu esforço, vontade e ambiente social, ele chegue ao ponto mais longe possível de expansão destas três esferas. Obviamente cada um terá uma preferencia por áreas mais alinhadas com cada uma das esferas mas o individuo, em uma sociedade perfeita, deveria ter a prerrogativa da escolha.
Desta forma penso que, para atingir o objetivo de proporcionar algo mais próximo à plenitude do individuo, os órgãos competentes a pensar as estratégias educacionais deveriam considerar a Educação pautada em 03 pilares, a saber:
1 - Erudição
A Erudição é a forma clássica como entendemos Educação: aquisição de conhecimento intelectual. É muito importante saber que 2 + 2 =4, o que é um mol e a função da mitocôndria. A instrução das disciplinas (Matemática, Linguas, Historia etc) como temos hoje é fundamental e deve continuar pois este conhecimento forma a base a partir da qual funções mais "nobres" serão desenvolvidas. E quais são estas "funções mais nobres"? Os dois pilares que listo a seguir.
2 - Capacidade Crítica
O conhecimento intelectual, sozinho, não é capaz de fazer com que um ser humano tenha capacidade de melhores decisões na condução da sua vida. É necessário desenvolver a capacidade de analisar a situação e o ambiente à sua volta e discernir o que é, provavelmente, o melhor a fazer. E isto é uma capacidade que deve ser desenvolvida ao longo da vida. Nós precisamos, desde cedo, receber a informação de que isto é importante e aprender, dentro do possível, como fazer isto. Eu não vejo ferramentas mais potentes de desenvolvimento desta capacidade do que a Arte e a Filosofia. A literatura, a música, as artes plásticas e dramaticas, as artes do corpo e a Filosofia, a meu ver, representam métodos de desenvolvimento da inteligencia analítica extremamente poderosas e deveriam receber um carinho muito maior na formação do ser, desde cedo.
3 - Autoconhecimento
Sociedade é o coletivo de indivíduos. Uma sociedade melhor só existe se houver indivíduos melhores. Neste sentido, o método mais eficaz de melhora social é cada um buscar se melhorar. E eu entendo que se conhecer, entender as razões pelas quais você se comporta ou sente de determinada forma é a única maneira de evoluir moralmente. Eu conheço algumas ferramentas muito eficazes neste sentido e que podem ser aplicadas de forma maciça: as Artes e a Filosofia (novamente), os esportes, as artes marciais, a dança e o canto, yoga, meditação (por que não ter práticas de meditação em alguma etapa da formação do individuo?) e técnicas de concentração.
Não há uma ordem de importância neste três pilares que citei. Os 3 deveriam ter a mesma importância durante a formação de um ser que seja capaz de atingir a sua plenitude. E claramente eles se misturam. Mas o importante é ter como meta o desenvolvimento destas três capacidades que, na minha ótica, vão permitir ao ser se desenvolver de uma forma mais completa.
Como não tenho nenhuma pretensão política muito menos de tentar convencer ninguém de nada eu, dentro da minha pequenez, estou tentanto trabalhar estes 03 pilares em mim mesmo...
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
E eis que a presidente do Brasil chama-se Dilma Roussef. Uma pessoa totalmente desconhecida de 98% da população brasileira há cerca de 02 anos. E eis que, a partir de 2011 até 2014, ela será a nossa representante máxima, responsável pelas decisões mais importantes do nosso país.
Essa senhora será responsável pela montagem da equipe ministerial. Essa senhora nos representará perante os Chefes de Estado de todo mundo. Essa senhora liderará o Executivo Nacional.
E eis que um partido, que votou contra a Constituição de 1988 e o Plano Real, continuará no poder por mais 04 anos.
E eis que grandes nomes da Democracia brasileira, como Antonio Palocci e Jose Dirceu, voltam ao cenário do qual foram expulsos alguns anos antes.
E eis que um semi alcoolatra, pouco instruído e com uma arrogância nunca antes vista na história deste país, consegue transformar uma apagada figura que iniciou sua carreira política com o fantástico estadista Leonel Brizola na mandatária do país.
O futuro do país foi posto em segundo plano. O respeito às instituições, que gerações lutaram para conseguir, foi posto em segundo plano. A instrução e o preparo foram postos em segundo plano. Os avanços sociais e economicos foram postos em segundo plano.
O que mais me estarrece neste história toda é a falsa compreensão dos cidadãos educados deste país. A pouca capacidade de discernimento de quem tem instrumentos para discernir. A imaturidade com que decisões vitais, como escolher os rumos estratégicos do seu país, são tomadas.
Eu não consigo entender como alguém que trabalha na iniciativa privada, luta diariamente para ganhar a sua vida, pagar seus impostos, ajudar seu país a crescer, pôde referendar um governo que está destruindo a nação.
Eu estou pasmo.
Essa senhora será responsável pela montagem da equipe ministerial. Essa senhora nos representará perante os Chefes de Estado de todo mundo. Essa senhora liderará o Executivo Nacional.
E eis que um partido, que votou contra a Constituição de 1988 e o Plano Real, continuará no poder por mais 04 anos.
E eis que grandes nomes da Democracia brasileira, como Antonio Palocci e Jose Dirceu, voltam ao cenário do qual foram expulsos alguns anos antes.
E eis que um semi alcoolatra, pouco instruído e com uma arrogância nunca antes vista na história deste país, consegue transformar uma apagada figura que iniciou sua carreira política com o fantástico estadista Leonel Brizola na mandatária do país.
O futuro do país foi posto em segundo plano. O respeito às instituições, que gerações lutaram para conseguir, foi posto em segundo plano. A instrução e o preparo foram postos em segundo plano. Os avanços sociais e economicos foram postos em segundo plano.
O que mais me estarrece neste história toda é a falsa compreensão dos cidadãos educados deste país. A pouca capacidade de discernimento de quem tem instrumentos para discernir. A imaturidade com que decisões vitais, como escolher os rumos estratégicos do seu país, são tomadas.
Eu não consigo entender como alguém que trabalha na iniciativa privada, luta diariamente para ganhar a sua vida, pagar seus impostos, ajudar seu país a crescer, pôde referendar um governo que está destruindo a nação.
Eu estou pasmo.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Esses dias recebi o convite de uma amiga bem querida. Ela está dirigindo uma peça e me convidou para assistir. Por algumas razões, nao pude ir mas acabamos trocando alguns e-mails e fiquei sabendo por cima como anda sua vida. Fiquei um tempão pensando em quão diferentes nossos caminhos estão se apresentando.
Isso me fez lembrar uma historinha que li em algum lugar e que me marcou profundamente. É muito simples mas é de uma profundidade que poucas pessoas alcançam. Diz respeito ao diálogo de um mestre budista com seu aprendiz. Eu sou pouco (pra nao dizer nada) afeito às religiões de massa. Mas, às vezes, o meu nível de compreensão alcança certos ensinamentos que disparam profunda reflexão sobre mim mesmo e/ou a condição humana.
Bem, voltando à história:
Um aprendiz pergunta ao seu mestre:
- Mestre, qual é a essência do Budismo?
O mestre reflete por alguns segundos e devolve:
- Meu caro, o templo está muito cheio hoje. Quando estivermos apenas nós dois aqui, te dou a resposta pretendida.
O tempo passava e sempre havia várias pessoas no local. O discípulo ficava cada vez mais ansioso com a perspectiva de estar a sós com o seu mestre para, finalmente, terminar o diálogo.
Eis que um dia, bastante tempo decorrido, o discípulo e o mestre encontram-se sozinhos no templo. Sem perda de tempo, o aluno relembra:
- Mestre, o senhor se recorda que me prometeu responder quando o templo estivesse vazio?
- Claro. Vamos ao jardim.
Os dois dirigiram-se ao jardim do templo.
- Está vendo aquela pequena árvore ali atrás? perguntou o mestre.
- Claro!
- E agora consegue ver aquela arvore bem grande ali à esquerda?
- Sim, a vejo.
- Pois é, esta é a essência do Budismo.
Esta pequena história contém, talvez, o ensinamento mais sábio que eu já ouvi.
Isso me fez lembrar uma historinha que li em algum lugar e que me marcou profundamente. É muito simples mas é de uma profundidade que poucas pessoas alcançam. Diz respeito ao diálogo de um mestre budista com seu aprendiz. Eu sou pouco (pra nao dizer nada) afeito às religiões de massa. Mas, às vezes, o meu nível de compreensão alcança certos ensinamentos que disparam profunda reflexão sobre mim mesmo e/ou a condição humana.
Bem, voltando à história:
Um aprendiz pergunta ao seu mestre:
- Mestre, qual é a essência do Budismo?
O mestre reflete por alguns segundos e devolve:
- Meu caro, o templo está muito cheio hoje. Quando estivermos apenas nós dois aqui, te dou a resposta pretendida.
O tempo passava e sempre havia várias pessoas no local. O discípulo ficava cada vez mais ansioso com a perspectiva de estar a sós com o seu mestre para, finalmente, terminar o diálogo.
Eis que um dia, bastante tempo decorrido, o discípulo e o mestre encontram-se sozinhos no templo. Sem perda de tempo, o aluno relembra:
- Mestre, o senhor se recorda que me prometeu responder quando o templo estivesse vazio?
- Claro. Vamos ao jardim.
Os dois dirigiram-se ao jardim do templo.
- Está vendo aquela pequena árvore ali atrás? perguntou o mestre.
- Claro!
- E agora consegue ver aquela arvore bem grande ali à esquerda?
- Sim, a vejo.
- Pois é, esta é a essência do Budismo.
Esta pequena história contém, talvez, o ensinamento mais sábio que eu já ouvi.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Da série "coisas que você só aprende quando vira chefe"
Regra número 1) Não tente ser amigo do seu chefe. O seu chefe não quer sua amizade, ele só quer que você faça o seu trabalho
Regra número 2) Não pense que o fato de que você é legal (isso é o que você acha né...) vai fazer com que seu chefe desculpe aquela cagada ou repense a sua demissão. A coisa que mais irrita um chefe são aquelas pessoas que acham que ser simpático substitui a competência
Regra número 3) Seja competente. Tá bom vai, to pedindo algo além da capacidade humana, mas faça um esforcinho mínimo, um dia vai valer a pena
Regra número 4) A coisa que o seu chefe mais espera de você (acredite em mim, de verdade) é que você NÃO traga problemas para ele. Vou repetir a palavra mais importante da frase anterior: NÃO. Ele já tem diversos, que você nem imagina. Tenha certeza que levar um problema para o seu chefe é ganhar um "puta merda, por que eu tenho esse bosta na minha equipe se eu tenho que resolver isto?" na concepção dele sobre você
Regra número 5) O seu chefe não é formado em Psicologia. Se tua mãe tá com gonorréia, teu cachorro morreu afogado na privada ou tua avó pegou dengue hemorrágica, o problema é seu. Dividir seus problemas pessoais com ele não vai ajudar em nada, muito pelo contrário. Ele já tem os dele e faz um tremendo (acredite em mim, de verdade) esforço para que o trabalho não seja afetado por isso. Tente fazer o mesmo.
Regra número 6) Chefes odeiam funcionário que faz cara de tadinho. Cara de tadinho é coisa de perdedor, e chefe nenhum gosta de constatar que tem um perdedor na equipe. Se você for mulher, por favor considere no grupo Cara de Tadinho coisas como voz infantil e apelidos no diminutivo. Exclua estes itens do seu comportamento (a não ser que você queira ser vista como uma retardada)
Regra número 7) Nunca, jamais, em hipótese alguma aborde seu chefe para falar qualquer coisa que não seja futebol ou a estagiária do Jurídico quando ele estiver:
- na máquina de café
- indo almoçar
- voltando do almoço
- almoçando
- indo ao banheiro
- indo embora
Sei que parece difícil, mas pense que ele também é um ser humano e que ele também gosta de não ter que falar de trabalho durante alguns minutos do dia. Pense também que TODOS os funcionários sentem uma atração irresistível por puxar assunto profissional sempre que cruzam com o chefe, mesmo se percebem que o chefe está tendo um ataque epiléptico. Seja um cara legal e deixe seu chefe respirar de vez em quando
Regra número 8) Quando o seu chefe perguntar a sua opinião sobre algo, ele quer saber a sua opinião sobre algo. Ele odeia quando você concorda com ele apenas para puxar seu saco. Se ele for minimamente mais inteligente do que você (e se ele é seu chefe, provavelmente ele é), ele vai perceber seu jogo e você vai começar a ser visto como um baita mané (se é que você já não é)
Regra número 9) Lembre-se que o seu chefe também tem um chefe. Quando ele aparecer com alterações de prioridades, mudanças de planos e prazos apertados, não xingue o cara. Provavelmente ele tem informações que você não tem.
E a última mas mais importante de todas: tudo o que seu chefe quer é ser promovido. Ajude-o nesta tarefa e você terá vida longa e próspera no seu emprego.
Regra número 2) Não pense que o fato de que você é legal (isso é o que você acha né...) vai fazer com que seu chefe desculpe aquela cagada ou repense a sua demissão. A coisa que mais irrita um chefe são aquelas pessoas que acham que ser simpático substitui a competência
Regra número 3) Seja competente. Tá bom vai, to pedindo algo além da capacidade humana, mas faça um esforcinho mínimo, um dia vai valer a pena
Regra número 4) A coisa que o seu chefe mais espera de você (acredite em mim, de verdade) é que você NÃO traga problemas para ele. Vou repetir a palavra mais importante da frase anterior: NÃO. Ele já tem diversos, que você nem imagina. Tenha certeza que levar um problema para o seu chefe é ganhar um "puta merda, por que eu tenho esse bosta na minha equipe se eu tenho que resolver isto?" na concepção dele sobre você
Regra número 5) O seu chefe não é formado em Psicologia. Se tua mãe tá com gonorréia, teu cachorro morreu afogado na privada ou tua avó pegou dengue hemorrágica, o problema é seu. Dividir seus problemas pessoais com ele não vai ajudar em nada, muito pelo contrário. Ele já tem os dele e faz um tremendo (acredite em mim, de verdade) esforço para que o trabalho não seja afetado por isso. Tente fazer o mesmo.
Regra número 6) Chefes odeiam funcionário que faz cara de tadinho. Cara de tadinho é coisa de perdedor, e chefe nenhum gosta de constatar que tem um perdedor na equipe. Se você for mulher, por favor considere no grupo Cara de Tadinho coisas como voz infantil e apelidos no diminutivo. Exclua estes itens do seu comportamento (a não ser que você queira ser vista como uma retardada)
Regra número 7) Nunca, jamais, em hipótese alguma aborde seu chefe para falar qualquer coisa que não seja futebol ou a estagiária do Jurídico quando ele estiver:
- na máquina de café
- indo almoçar
- voltando do almoço
- almoçando
- indo ao banheiro
- indo embora
Sei que parece difícil, mas pense que ele também é um ser humano e que ele também gosta de não ter que falar de trabalho durante alguns minutos do dia. Pense também que TODOS os funcionários sentem uma atração irresistível por puxar assunto profissional sempre que cruzam com o chefe, mesmo se percebem que o chefe está tendo um ataque epiléptico. Seja um cara legal e deixe seu chefe respirar de vez em quando
Regra número 8) Quando o seu chefe perguntar a sua opinião sobre algo, ele quer saber a sua opinião sobre algo. Ele odeia quando você concorda com ele apenas para puxar seu saco. Se ele for minimamente mais inteligente do que você (e se ele é seu chefe, provavelmente ele é), ele vai perceber seu jogo e você vai começar a ser visto como um baita mané (se é que você já não é)
Regra número 9) Lembre-se que o seu chefe também tem um chefe. Quando ele aparecer com alterações de prioridades, mudanças de planos e prazos apertados, não xingue o cara. Provavelmente ele tem informações que você não tem.
E a última mas mais importante de todas: tudo o que seu chefe quer é ser promovido. Ajude-o nesta tarefa e você terá vida longa e próspera no seu emprego.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
De que material você é feito?
Lembro que no Exército havia um exercício que consistia em montar uma ponte. É isso mesmo: imagine um lego gigante, com peças de 200, 300 kilos compostas por um material flutuante que, postas juntas, formam uma passadeira que permite à tropa atravessar rios e lagos.
Nós, os soldados, tinhamos como tarefa montar essas passadeiras em tempos cada vez mais curtos. Obviamente havia um método e um treinamento antes de irmos para a água de verdade. Resumidamente, o pelotão era dividido em pequenos grupos de 4 ou 5 soldados e cada grupo carregava uma peça, a deixava no local exato para que o grupo seguinte encaixasse o seu pedaço e assim sucessivamente, até que toda a ponte estivesse montada. Se um membro do grupo fizesse corpo mole ou apenas fingisse estar fazendo força, os membros restantes tinham que colocar mais força para que a peça chegasse ao seu objetivo. O tenente comandante, em hipótese alguma, permitia que o grupo parasse para discutir. Era imprescindível colocar a peça no seu lugar no tempo correto, nem que isso acarretasse apenas um soldado a carregar.
Se a aquele pedaço nao fosse colocado, o pelotão inteiro pagava altos castigos (eu disse o pelotão, não apenas o grupo responsável).
Eu nunca entendi essa postura do tenente. Se um filho da puta fizesse corpo mole, eu não podia simplesmente parar e xingar o cara? E se eu nao tivesse força suficiente para carregar a peça com um homem a menos? Não era justo todos pagarem o pato porque um membro de um pelotão de 30 homens nao cumpriu a sua parte. O tenente nunca deu explicação nenhuma sobre isto. Simplesmente era assim.
Confesso que algumas vezes eu coloquei menos força do que podia, por preguiça ou por cansaço. Certamente alguém precisou compensar a minha parte.
Hoje, mais de 10 anos depois, eu acho que estou começando a entender o tenente.
A vida, com todas as suas belezas (e certamente ela as tem de montão), é um campo de batalha. Ás vezes, é possível alguém carregar mais peso pra você, às vezes não. O problema é que quando um membro do grupo, por preguiça ou cansaço, coloca menos força do que poderia, alguém vai ter que pagar o pato. Ou então, o pelotão inteiro (e todas as tropas que viriam a seguir) fica sem poder atravessar o rio.
Nós, os soldados, tinhamos como tarefa montar essas passadeiras em tempos cada vez mais curtos. Obviamente havia um método e um treinamento antes de irmos para a água de verdade. Resumidamente, o pelotão era dividido em pequenos grupos de 4 ou 5 soldados e cada grupo carregava uma peça, a deixava no local exato para que o grupo seguinte encaixasse o seu pedaço e assim sucessivamente, até que toda a ponte estivesse montada. Se um membro do grupo fizesse corpo mole ou apenas fingisse estar fazendo força, os membros restantes tinham que colocar mais força para que a peça chegasse ao seu objetivo. O tenente comandante, em hipótese alguma, permitia que o grupo parasse para discutir. Era imprescindível colocar a peça no seu lugar no tempo correto, nem que isso acarretasse apenas um soldado a carregar.
Se a aquele pedaço nao fosse colocado, o pelotão inteiro pagava altos castigos (eu disse o pelotão, não apenas o grupo responsável).
Eu nunca entendi essa postura do tenente. Se um filho da puta fizesse corpo mole, eu não podia simplesmente parar e xingar o cara? E se eu nao tivesse força suficiente para carregar a peça com um homem a menos? Não era justo todos pagarem o pato porque um membro de um pelotão de 30 homens nao cumpriu a sua parte. O tenente nunca deu explicação nenhuma sobre isto. Simplesmente era assim.
Confesso que algumas vezes eu coloquei menos força do que podia, por preguiça ou por cansaço. Certamente alguém precisou compensar a minha parte.
Hoje, mais de 10 anos depois, eu acho que estou começando a entender o tenente.
A vida, com todas as suas belezas (e certamente ela as tem de montão), é um campo de batalha. Ás vezes, é possível alguém carregar mais peso pra você, às vezes não. O problema é que quando um membro do grupo, por preguiça ou cansaço, coloca menos força do que poderia, alguém vai ter que pagar o pato. Ou então, o pelotão inteiro (e todas as tropas que viriam a seguir) fica sem poder atravessar o rio.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
nervos de aço
"Você sabe o que é ter um amor, meu senhor? Ter loucura por uma mulher...e depois encontrar esse amor meu senhor, nos braços de um outro qualquer..."
Lupicínio Rodrigues
Hoje, após + ou - um ano, reencontrei uma mulher por quem fui bem apaixonado... e enquanto ela falava das suas trivialidades, eu só conseguia pensar em como ela ainda era linda...e enquanto ela falava das suas trivialidades, eu só conseguia sentir como o seu cheiro ainda mexia comigo...e enquanto ela falava das suas trivialidades, eu só conseguia pensar se algum dia a teria novamente na minha cama...e enquanto ela falava das suas trivialidades, eu me recordava como é ruim estar apaixonado por uma mulher...
Lupicínio Rodrigues
Hoje, após + ou - um ano, reencontrei uma mulher por quem fui bem apaixonado... e enquanto ela falava das suas trivialidades, eu só conseguia pensar em como ela ainda era linda...e enquanto ela falava das suas trivialidades, eu só conseguia sentir como o seu cheiro ainda mexia comigo...e enquanto ela falava das suas trivialidades, eu só conseguia pensar se algum dia a teria novamente na minha cama...e enquanto ela falava das suas trivialidades, eu me recordava como é ruim estar apaixonado por uma mulher...
"Os milhões de seres sobrecarregados por laços familiares e pesados deveres mundanos receberão nova inspiração de você, um chefe de família como eles. Mesmo levando vida mundana, o iogue que fielmente cumpre suas responsabilidades, sem apego ou motivação pessoal, trilha firmemente o caminho da iluminação. (...).
Novo e doce alento de divina esperança penetrará nos áridos corações dos homens mundanos. Pelo exemplo de seu equilíbrio, eles compreenderão que a libertação depende mais de renúncias internas do que externas."
Mahavatar Babaji em diálogo com seu discípulo Lahiri Mahasaya, que foi um dedicado pai de família e funcionário de uma companhia ferroviária indiana e, ainda assim, alcançou grande equilíbrio interno pela meditação. Trecho retirado do livro "Autobiografia de um Iogue" de Yogananda
Novo e doce alento de divina esperança penetrará nos áridos corações dos homens mundanos. Pelo exemplo de seu equilíbrio, eles compreenderão que a libertação depende mais de renúncias internas do que externas."
Mahavatar Babaji em diálogo com seu discípulo Lahiri Mahasaya, que foi um dedicado pai de família e funcionário de uma companhia ferroviária indiana e, ainda assim, alcançou grande equilíbrio interno pela meditação. Trecho retirado do livro "Autobiografia de um Iogue" de Yogananda
domingo, 26 de setembro de 2010
flor de lótus
No dia em que a flor de lótus desabrochou, a minha mente vagava, e eu não a percebi.
Minha cesta estava vazia e a flor ficou esquecida.
Somente agora e novamente, uma tristeza caiu sobre mim.
Acordei do meu sonho sentindo o doce rastro de um perfume no vento sul.
Essa vaga doçura fez o meu coração doer de saudade.
Pareceu-me ser o sopro ardente no verão, procurando completar-se.
Eu não sabia então que a flor estava tão perto de mim
Que ela era minha, e que essa perfeita doçura tinha desabrochado no fundo do meu coração.
Rabindranath Tagore
Minha cesta estava vazia e a flor ficou esquecida.
Somente agora e novamente, uma tristeza caiu sobre mim.
Acordei do meu sonho sentindo o doce rastro de um perfume no vento sul.
Essa vaga doçura fez o meu coração doer de saudade.
Pareceu-me ser o sopro ardente no verão, procurando completar-se.
Eu não sabia então que a flor estava tão perto de mim
Que ela era minha, e que essa perfeita doçura tinha desabrochado no fundo do meu coração.
Rabindranath Tagore
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
da série Grandes Filósofos da Musica Pop
Capítulo de hoje: Axl Rose
"It's hard to hold a candle in the cold november rain"
"All we need is just a little patience"
"Her hair reminds me of a warm safe place"
"As your arms get shorter, your pockets get deeper"
"So nobody ever told you baby, how it was gonna be"
"Look in the doubt we've wallowed
Look at the leaders we've followed
Look at the lies we've swallowed"
"It feels like I'm knoking on heaven's door" (tá bom vai, essa é do Bob Dylan)
"Lord please please please, take away my anxiety" (e essa é do Joe Ramone....)
"Take me down to the paradise city where the grass is green and the girls are pretty"
"You know where the fuck you are? You are in the jungle baby"
"There's a heaven above you, so don't you cry"
E a mais profunda, verdadeira e genial de todas:
"I had to put her six feet under and I can still hear her complain"
"It's hard to hold a candle in the cold november rain"
"All we need is just a little patience"
"Her hair reminds me of a warm safe place"
"As your arms get shorter, your pockets get deeper"
"So nobody ever told you baby, how it was gonna be"
"Look in the doubt we've wallowed
Look at the leaders we've followed
Look at the lies we've swallowed"
"It feels like I'm knoking on heaven's door" (tá bom vai, essa é do Bob Dylan)
"Lord please please please, take away my anxiety" (e essa é do Joe Ramone....)
"Take me down to the paradise city where the grass is green and the girls are pretty"
"You know where the fuck you are? You are in the jungle baby"
"There's a heaven above you, so don't you cry"
E a mais profunda, verdadeira e genial de todas:
"I had to put her six feet under and I can still hear her complain"
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Pérolas da MPB II
"Faça como o velho marinheiro que durante o nevoeiro leva o barco devagar."
Paulinho da Viola
Paulinho da Viola
terça-feira, 14 de setembro de 2010
"Feliz de quem é comunista aos 18 anos. Pobre de quem continua aos 40".
Frase atribuída a Winston Churchill
O presidente cubano Raul Castro tomou uma decisão que na minha visão é muito acertada.
A ilha caribenha tem uma população de aproximadamente 12 milhões de pessoas. Deste total, 5 milhões de pessoas constituem a massa de trabalhadores. Dos 5 milhões, algo como 4 milhões trabalham no setor público. É isso mesmo, 80% da força de trabalho cubana está no setor público.
O ganho médio mensal de um trabalhador do setor público cubano é de R$ 30. Um mendigo no Brasil tem uma renda bem maior que essa.
Bem, voltando. O presidente decidiu demitir 500 mil funcionários publicos nos proximos meses. Ele alega que "a iniciativa privada tem condições de oferecer salarios mais dignos para os cidadãos". Ele também disse "que a abertura da Economia trará prosperidade ao país". Essas informações eu vi hoje de manhã no Bom Dia Brasil.
Puta merda, os caras estão de brincadeira. Eu nunca estive em Cuba mas acho o país uma bosta. Sob nenhum indicador, repito, nenhum eu considero Cuba um sucesso. Nem o tão falado indice de analfabetismo próximo a zero é sinal de orgulho para mim. O que adianta saber ler e escrever e ser obrigado a viver sob um regime ditatorial? Viver com R$ 30 mensais? Dizem também que lá há um dos maiores índices de PHDs per capita do mundo. De novo, pra mim não serve pra nada. O cara conhece toda a obra de Foucault e não pode ter internet em casa.
Eu já tive a oporunidade de visitar alguns países cuja História remete ao comunismo ou qualquer coisa que passe perto disto. Já estive na Hungria. Na Republica Tcheca. Na Polonia. Na Estonia. Na Letonia. Na Lituania. Na Russia. Em nenhum desses lugares o legado foi positivo. Aliás, a grande maioria da população destes locais tem pavor ao comunismo. Ainda hoje temos a Coreia do Norte. Ave, acho que eu seria mais feliz morando em uma plataforma de petroleo do que naquele país. Depois das declarações de Raul Castro me parece que, junto com a Venezuela, é o ultimo bastião do comunismo.
Me espanta algumas pessoas aqui no Brasil ainda terem qualquer idealismo quanto as ideias de esquerda. Meu deus, é de uma infantilidade que chega a beirar a estupidez. Eu levo tão a serio PSTU, PCO, PSOL, PCdoB quanto eu levo o Campeonato Brasileiro da quinta divisão. Só pra se ter uma idéia, aquele tiozinho ridículo candidato a presidencia chamado Plinio de Arruda Sampaio, que defende a Reforma Agraria, tem um patrimonio (declarado) de R$ 2 milhões de reais. Que tal socializar a fortuna dele?
O unico medo real que eu tenho é o PT. Esses caras encontraram um eco tão grande na ignorancia do brasileiro que estão se instalando e corroendo as nossas instituições. O funcionário público mais importante do país - o Presidente - passa os dias fazendo campanha eleitoral. É um acinte à democracia sem precedentes.
A ultima do partido do polvo (como a Veja apelidou o PT) é a oferta de ações da Petrobras. O genio do Mantega descobriu um jeito de fechar as contas do governo este ano. Se a Dilma ganhar, provavelmente o superavit fiscal do ano que vem será cumprido com a abertura da capital dos Correios.
Cara, eu nao tenho palavras pra dizer o tamanho do asco que eu tenho por este partido...
ps: a declaração de bens da Marta Suplicy, a candidata ao Senado pelo Partido dos "Trabalhadores" é de R$ 12 milhões de reais..
Frase atribuída a Winston Churchill
O presidente cubano Raul Castro tomou uma decisão que na minha visão é muito acertada.
A ilha caribenha tem uma população de aproximadamente 12 milhões de pessoas. Deste total, 5 milhões de pessoas constituem a massa de trabalhadores. Dos 5 milhões, algo como 4 milhões trabalham no setor público. É isso mesmo, 80% da força de trabalho cubana está no setor público.
O ganho médio mensal de um trabalhador do setor público cubano é de R$ 30. Um mendigo no Brasil tem uma renda bem maior que essa.
Bem, voltando. O presidente decidiu demitir 500 mil funcionários publicos nos proximos meses. Ele alega que "a iniciativa privada tem condições de oferecer salarios mais dignos para os cidadãos". Ele também disse "que a abertura da Economia trará prosperidade ao país". Essas informações eu vi hoje de manhã no Bom Dia Brasil.
Puta merda, os caras estão de brincadeira. Eu nunca estive em Cuba mas acho o país uma bosta. Sob nenhum indicador, repito, nenhum eu considero Cuba um sucesso. Nem o tão falado indice de analfabetismo próximo a zero é sinal de orgulho para mim. O que adianta saber ler e escrever e ser obrigado a viver sob um regime ditatorial? Viver com R$ 30 mensais? Dizem também que lá há um dos maiores índices de PHDs per capita do mundo. De novo, pra mim não serve pra nada. O cara conhece toda a obra de Foucault e não pode ter internet em casa.
Eu já tive a oporunidade de visitar alguns países cuja História remete ao comunismo ou qualquer coisa que passe perto disto. Já estive na Hungria. Na Republica Tcheca. Na Polonia. Na Estonia. Na Letonia. Na Lituania. Na Russia. Em nenhum desses lugares o legado foi positivo. Aliás, a grande maioria da população destes locais tem pavor ao comunismo. Ainda hoje temos a Coreia do Norte. Ave, acho que eu seria mais feliz morando em uma plataforma de petroleo do que naquele país. Depois das declarações de Raul Castro me parece que, junto com a Venezuela, é o ultimo bastião do comunismo.
Me espanta algumas pessoas aqui no Brasil ainda terem qualquer idealismo quanto as ideias de esquerda. Meu deus, é de uma infantilidade que chega a beirar a estupidez. Eu levo tão a serio PSTU, PCO, PSOL, PCdoB quanto eu levo o Campeonato Brasileiro da quinta divisão. Só pra se ter uma idéia, aquele tiozinho ridículo candidato a presidencia chamado Plinio de Arruda Sampaio, que defende a Reforma Agraria, tem um patrimonio (declarado) de R$ 2 milhões de reais. Que tal socializar a fortuna dele?
O unico medo real que eu tenho é o PT. Esses caras encontraram um eco tão grande na ignorancia do brasileiro que estão se instalando e corroendo as nossas instituições. O funcionário público mais importante do país - o Presidente - passa os dias fazendo campanha eleitoral. É um acinte à democracia sem precedentes.
A ultima do partido do polvo (como a Veja apelidou o PT) é a oferta de ações da Petrobras. O genio do Mantega descobriu um jeito de fechar as contas do governo este ano. Se a Dilma ganhar, provavelmente o superavit fiscal do ano que vem será cumprido com a abertura da capital dos Correios.
Cara, eu nao tenho palavras pra dizer o tamanho do asco que eu tenho por este partido...
ps: a declaração de bens da Marta Suplicy, a candidata ao Senado pelo Partido dos "Trabalhadores" é de R$ 12 milhões de reais..
terça-feira, 7 de setembro de 2010
um pouquinho de plágio...
"MAUVAIS SANG
Eu entrei no seminário com 12 anos de idade. Eu era um moleque de 12 anos. Era eu e mais 54 moleques. E lá havia hierarquia e uma ordem estabelecida cruel. Um jeito de manter a ordem que era cruel como em qualquer lugar onde homens gostam de manter a ordem. Eles dividiam os grupos dos moleques em “Maiores”, “Médios” e “Menores”. Eram clubes. Você fazia tudo dentro dos clubes. Faxina, recreação, almoço, jantar, etc. Você vivia dentro dos clubes. Eu tinha 12 anos. Deveria entrar no Grupo dos “Menores”. Porra nenhuma. Me colocaram no Grupo dos “Médios”. Tinha garoto de 13 anos no Grupo dos “Menores”. Fui reclamar com o Frei. Falei : “Ah, qual é? O Miguel tem 13 anos e tá no Grupo dos menores. Porque eu tenho 12 e tô no Grupo dos Médios?” O Frei respondeu secamente: “É que você sabe gritar, ele não sabe”.
Foi a primeira merda. Depois sucederam-se várias outras. Eu tinha que impor respeito em um grupo onde todos eram maiores do que eu. Se bobeasse, tava fudido. E eles queriam mais era me ferrar tipo “vamos fuder o di menor”. E fui ficando cada vez mais agressivo e mais amargo. Eu nunca fazia nada do que eles mandavam. Se me mandavam comer de boca fechada, eu fazia questão de comer de boca bem aberta. Se me mandavam ser o último da fila eu já entrava empurrando. Eu fazia questão de segurar o garfo do jeito errado. Eles não iam conseguir me educar. Então ficava de castigo tipo almoçando de joelhos ou então trabalhando na horta na hora do recreio, essas coisas. Tava cagando. Fui me tornando um moleque solitário e revoltado. Arrumava encrenca com todo mundo e deixava claro que tava andando pra eles e para sua ordem estabelecida. Então eles me mandavam pra trabalhar no sítio. Eu era um moleque urbano. Não entendia porra nenhuma de sítio. E lá tava eu arrancando soja, cortando arroz, cortando cana e arrancando feijão com as mãos todas estouradas de calos, enquanto os moleques bonzinhos tiravam o pó do escritório dos padres e tomavam banho de ducha quente. E a gente lá arrancando soja de manhã até à tarde. Quando a gente voltava pro seminário era uma ducha gelada e cair de cara nas tarefas escolares. Eu e outros moleques como eu, os do tipo que arrumavam encrencas. Do tipo que deviam sofrer corretivos. Eu não queria arrumar encrenca com ninguém. Eu só queria ficar na minha, lendo livros na biblioteca na hora do recreio. E eles me mandavam pra horta pra arrancar tiririca dos canteiros. E me colocavam de capitão do time de futebol. Eu nunca fui o melhor jogador. Eu era só um beque esforçado. Mas eles achavam que eu era o moleque certo pra colocar ordem na casa. Então me colocavam de capitão. E os outros moleques me odiavam ainda mais. Eu não queria colocar ordem na casa de ninguém, e nem provocar desordem. Eu só queria subir até a torre da igreja e ficar lá, sozinho, pensando que um dia minha vida ia melhorar. E cada dia que passava eu só arrumava mais encrenca. E ia ficando com mais ódio de tudo. Saía na porrada com algum outro garoto e ia pro castigo. Então eu só ficava mais revoltado. E eu odiava todo mundo. E eu lembro que eu odiei o Luis Guilherme. Eu odiei esse moleque pra caralho. Eu briguei feio com ele. Eu prometi pra mim mesmo que ia odiar o Luis Guilherme pelo resto da minha vida. E um dia entrei no dormitório e ele tava deitado na cama. E tinha uma senhora do lado dele, chorando muito. E eu não entendi o que tava acontecendo. E eu desci pro pátio e fiquei lá, sozinho como ficava todas as tardes quando não ia pro sítio. Enquanto eu mexia com um graveto no formigueiro fiquei pensando naquela mulher chorando do lado da cama do Luis Guilherme. Alguém me disse que era a mãe dele. Na minha cabeça de moleque que tinha muito ódio não conseguia entender que o Luis Guilherme tinha uma mãe como eu tinha, e que ainda mais, que sua mãe o amava. Eu não conseguia entender como alguém conseguia amar o Luis Guilherme, mesmo se essa pessoa fosse a mãe dele. Acho que eu também não conseguia entender como alguém podia me amar. Eu não acreditava que alguém pudesse me amar. Ninguém podia amar um garoto com tanto ódio dentro de si. No dia seguinte, eu tava no pátio e tocaram a campainha e convocaram todos para a capela. A gente foi lá e o padre nos contou que o Luis Guilherme tinha morrido de Meningite. Eu nem sabia que porra era Meningite. Só consegui entender que o Luis Guilherme tinha morrido. Aquele moleque por quem eu nutria um ódio eterno tinha morrido. Não existia mais. E era por isso que a mãe dele tava chorando. Ela sabia que o Luis Guilherme ia morrer. E eu fiquei com vontade de parar de odiar. Eu fiquei com vontade de amar a mãe dele. Eu fiquei com vontade de chorar, mas eu era o moleque que sabia gritar, o moleque que levava porrada numa briga, que perdia a maioria das brigas que entrava já que os moleques eram sempre maiores do que eu, e eu só apanhava, mas eu era o moleque que não amolecia nunca, que não soltava nenhum grito de dor. De dor, nunca. Eu não podia chorar. Eu podia no mínimo parar de odiar, mas ninguém podia saber disso. Eu vi o caixão doLuis Guilherme na missa de corpo presente e eu não odiava mais aquele moleque, mas eu não queria que ninguém soubesse disso. Todos deviam pensar que eu continuava odiando o Luis Guilherme. Que eu era o moleque que guardava um ódio profundo e imorredouro dentro de si. E quando eu vi levarem o caixão do Luis Guilherme embora, então eu mordi o meu lábio com força. Eu sequei meus olhos de um jeito que eu jamais saberia fazer de novo. Ninguém nunca soube de nada, mas naquele dia eu aprendi que sentimentos bons costumam ser expelidos como a fumaça de uma chaminé se a gente não souber cuidar deles. Naquele dia em que levaram o caixão do Luis Guilherme embora eu quis correr até a porta da igreja e pedir desculpas, mas eu nunca fiz isso. E eu fui ficando assim, em silêncio, sem conseguir dizer o que realmente penso, pelo resto de minha vida. E eu cresci assim, guardando quase tudo dentro de mim. E eu já teria morrido de úlcera se não tivesse aprendido a escrever. Por isso, espero que Deus continue me quebrando essa. Que me deixe com essa manha de escrever o que sinto, porque há muito tempo que sei que de outro jeito eu não sei fazer. Por isso, se puderem me perdoar, eu agradeço."
Texto de Mario Bortolotto - publicado em http://atirenodramaturgo.zip.net/
Chile ou Venezuela?
Um dos principais conceitos em Marketing é o ciclo de vida de um produto. Para não me estender muito aqui, em resumo o ciclo de vida é o momento em que o produto se encontra em relação ao mercado (consumidores, concorrentes etc). Cada momento demanda determinadas ações, sob o risco de nada dar certo. Bem a grosso modo, podemos dividir o ciclo de vida de um produto em quatro fases:
1 - Lançamento (ou nascimento): o produto é um entrante, ou seja, já existem concorrentes atuando nesta categoria (salvo seja uma nova categoria mas aí é outra história). Geralmente nesta fase, usa-se precificação mais agressiva e estratégias de comunicação que visam a tornar o produto conhecido e forçar a experimentação.
2 - Consolidação (ou adolescencia): Se a fase 1 tiver sido bem sucedida, é hora de começar a cristalizar na cabeça do seu consumidor o que é o seu produto, quais os verdadeiros beneficios que ele te entrega. As políticas de preço e de comunicação já começam a ficar mais alinhadas com o posicionamento do produto.
3 - Maturidade (idade adulta): o produto já está bastante consolidado no mercado. O posicionamento de preço, estratégias de comunicação e distribuição seguem completamente o posicionamento da marca. Nesta fase, geralmente as atividades mais comuns são tentativas de manter a marca no seu patamar corrente, seja com ações de inovação ou guerrilha contra novos entrantes.
4 - Fim do ciclo de vida (morte): Pode ser que demore seculos, mas uma hora o produto tende a desaparecer (ou ficar restrito a um nicho). Nesta hora, o mais inteligente é nao investir caminhoes de dinheiro tentando fazer perdurar uma situação que é fatal.
Não por acidente eu fiz uma analogia com os momentos da vida humana. Foi para deixar o meu ponto ainda mais claro. Cada momento exige uma ação. Alimentar um adulto com leite materno não é muito inteligente.
Quando, em 1993, o presidente Itamar Franco e sua equipe economica colocaram o Plano Real no ar, diversas atitudes se faziam necessarias. Uma delas era o aumento da taxa de juros e da carga tributária. O país precisava se capitalizar, sob risco de dar default (calote) nos seus credores e perder completamente qualquer chance de estabilizar sua moeda. Ainda como parte deste projeto de atração de capital internacional, era fundamental fortalecer as instituições do país, de forma que os investidores nao se sentissem ameaçados de perder seu dinheiro (você compraria um tenis em uma loja que a qualquer momento poderia tomar seu tenis de volta?). As agencias reguladoras, o Ministerio Publico, o STF, o Banco Central e tantas outras organizações tinham cada vez mais autonomia. Um terceiro pilar importante deste plano de "lançamento" do produto Real era a diminuição dos gastos do Estado com atividades nao essenciais (para poder lastrear a nova ordem Economica vigente) como siderurgia e telefonia, daí o plano de privatizações.
Quem não se lembra das crises mundiais causadas pelo risco de default de Russia, Coreia e Mexico entre 1998 e 1999 ? O país aguentou firme essas grandes marolas da Economia mundial.
Também fazia parte do plano uma mudança das politicas economicas e institucionais vigentes, quando o país atingisse certa maturidade. A gradual redução das taxas de juros, as reformas tributária, trabalhista, previdenciária e política seriam o proximo passo deste ciclo de vida.
Toda esta introdução para dizer que esse discurso de que o Governo Lula deu continuidade aos avanços economicos do Plano Real é uma grande mentira. Dar continuidade significaria compreender as novas circunstancias mundiais e decidir se era o momento de entrar com as atividades condizentes com o novo ciclo de vida do produto. E era. De 2002 para cá, com exceção da crise de 2009, os ventos da Economia mundial sopraram muito, repito, muito a favor do país. Por causa de um trabalho de quase 20 anos, que iniciou-se em 1991 com o Governo Fernando Collor incentivando as importações e continuou com os presidentes Itamar e FHC, o país adquiriu confiança externa e fortaleceu suas instituições, proporcionando a bonança dos tempos de agora. Nos ultimos anos nós perdemos uma oportunidade única de acelerar ainda mais nosso barco em direção ao primeiro mundo.
E a razão pela qual o Governo Lula não fez o que tinha que ser feito é simples: eles não sabem. Não tem preparo. Ao fazer dos cargos técnicos premiações politicas, transforma-se as instituições em meros joguetes do poder. Exceção feita talvez ao Banco Central, que foi presidido pelo ex-presidente do Bank Boston (e que era filiado ao PSDB) Henrique Meirelles. Ou seja, alguém com preparo.
É muito triste ver uma massa de 50% da população eleitoral sendo enganada por este discurso infantil e mentiroso do PT. As pessoas estão acreditando que o PT foi responsável por ações sociais que beneficiam os mais pobres, que as classes C e D ascendem graças à gestão petista, que o Governo Lula deu continuidade às coisas boas dos governos anteriores. Por favor, nao caia nessa. Isto é mentira. O bolsa familia é uma adaptação do bolsa-escola. As classes C e D estão ganhando poder de compra graças a uma série de fatores que nao descreverei aqui sob risco de deixar este post mais imenso do que já está. E o Governo Lula NÃO deu continuidade ao Plano Real, como já expus acima o porquê.
Estamos decidindo se o país rumará para os portos onde encontram-se Espanha, Irlanda, Chile e Coréia do Sul ou para os portos onde estão Venezuela e Argentina.
Não há maior ação social do que uma Economia saudável e instituições apartidárias. Os investimentos (e principalmente, a eficiência) em Saúde, Educação e infraestrutura são decorrencias.
Se você odeia com todas as suas forças o PSDB e o José Serra (que é o candidato com maiores possibilidades de vencer o PT), vote na Marina. Ou no Eymael. Ou em qualquer outro. Mas eu te peço, com o coração aberto, não vamos deixar nosso país mais oito anos nas maos de pessoas tão despreparadas.
1 - Lançamento (ou nascimento): o produto é um entrante, ou seja, já existem concorrentes atuando nesta categoria (salvo seja uma nova categoria mas aí é outra história). Geralmente nesta fase, usa-se precificação mais agressiva e estratégias de comunicação que visam a tornar o produto conhecido e forçar a experimentação.
2 - Consolidação (ou adolescencia): Se a fase 1 tiver sido bem sucedida, é hora de começar a cristalizar na cabeça do seu consumidor o que é o seu produto, quais os verdadeiros beneficios que ele te entrega. As políticas de preço e de comunicação já começam a ficar mais alinhadas com o posicionamento do produto.
3 - Maturidade (idade adulta): o produto já está bastante consolidado no mercado. O posicionamento de preço, estratégias de comunicação e distribuição seguem completamente o posicionamento da marca. Nesta fase, geralmente as atividades mais comuns são tentativas de manter a marca no seu patamar corrente, seja com ações de inovação ou guerrilha contra novos entrantes.
4 - Fim do ciclo de vida (morte): Pode ser que demore seculos, mas uma hora o produto tende a desaparecer (ou ficar restrito a um nicho). Nesta hora, o mais inteligente é nao investir caminhoes de dinheiro tentando fazer perdurar uma situação que é fatal.
Não por acidente eu fiz uma analogia com os momentos da vida humana. Foi para deixar o meu ponto ainda mais claro. Cada momento exige uma ação. Alimentar um adulto com leite materno não é muito inteligente.
Quando, em 1993, o presidente Itamar Franco e sua equipe economica colocaram o Plano Real no ar, diversas atitudes se faziam necessarias. Uma delas era o aumento da taxa de juros e da carga tributária. O país precisava se capitalizar, sob risco de dar default (calote) nos seus credores e perder completamente qualquer chance de estabilizar sua moeda. Ainda como parte deste projeto de atração de capital internacional, era fundamental fortalecer as instituições do país, de forma que os investidores nao se sentissem ameaçados de perder seu dinheiro (você compraria um tenis em uma loja que a qualquer momento poderia tomar seu tenis de volta?). As agencias reguladoras, o Ministerio Publico, o STF, o Banco Central e tantas outras organizações tinham cada vez mais autonomia. Um terceiro pilar importante deste plano de "lançamento" do produto Real era a diminuição dos gastos do Estado com atividades nao essenciais (para poder lastrear a nova ordem Economica vigente) como siderurgia e telefonia, daí o plano de privatizações.
Quem não se lembra das crises mundiais causadas pelo risco de default de Russia, Coreia e Mexico entre 1998 e 1999 ? O país aguentou firme essas grandes marolas da Economia mundial.
Também fazia parte do plano uma mudança das politicas economicas e institucionais vigentes, quando o país atingisse certa maturidade. A gradual redução das taxas de juros, as reformas tributária, trabalhista, previdenciária e política seriam o proximo passo deste ciclo de vida.
Toda esta introdução para dizer que esse discurso de que o Governo Lula deu continuidade aos avanços economicos do Plano Real é uma grande mentira. Dar continuidade significaria compreender as novas circunstancias mundiais e decidir se era o momento de entrar com as atividades condizentes com o novo ciclo de vida do produto. E era. De 2002 para cá, com exceção da crise de 2009, os ventos da Economia mundial sopraram muito, repito, muito a favor do país. Por causa de um trabalho de quase 20 anos, que iniciou-se em 1991 com o Governo Fernando Collor incentivando as importações e continuou com os presidentes Itamar e FHC, o país adquiriu confiança externa e fortaleceu suas instituições, proporcionando a bonança dos tempos de agora. Nos ultimos anos nós perdemos uma oportunidade única de acelerar ainda mais nosso barco em direção ao primeiro mundo.
E a razão pela qual o Governo Lula não fez o que tinha que ser feito é simples: eles não sabem. Não tem preparo. Ao fazer dos cargos técnicos premiações politicas, transforma-se as instituições em meros joguetes do poder. Exceção feita talvez ao Banco Central, que foi presidido pelo ex-presidente do Bank Boston (e que era filiado ao PSDB) Henrique Meirelles. Ou seja, alguém com preparo.
É muito triste ver uma massa de 50% da população eleitoral sendo enganada por este discurso infantil e mentiroso do PT. As pessoas estão acreditando que o PT foi responsável por ações sociais que beneficiam os mais pobres, que as classes C e D ascendem graças à gestão petista, que o Governo Lula deu continuidade às coisas boas dos governos anteriores. Por favor, nao caia nessa. Isto é mentira. O bolsa familia é uma adaptação do bolsa-escola. As classes C e D estão ganhando poder de compra graças a uma série de fatores que nao descreverei aqui sob risco de deixar este post mais imenso do que já está. E o Governo Lula NÃO deu continuidade ao Plano Real, como já expus acima o porquê.
Estamos decidindo se o país rumará para os portos onde encontram-se Espanha, Irlanda, Chile e Coréia do Sul ou para os portos onde estão Venezuela e Argentina.
Não há maior ação social do que uma Economia saudável e instituições apartidárias. Os investimentos (e principalmente, a eficiência) em Saúde, Educação e infraestrutura são decorrencias.
Se você odeia com todas as suas forças o PSDB e o José Serra (que é o candidato com maiores possibilidades de vencer o PT), vote na Marina. Ou no Eymael. Ou em qualquer outro. Mas eu te peço, com o coração aberto, não vamos deixar nosso país mais oito anos nas maos de pessoas tão despreparadas.
sábado, 4 de setembro de 2010
A Partida
"Quem tem olhos de ver, que veja"
Jesus Cristo
O título do post é o nome de um dos filmes mais belos que já vi. A suavidade e beleza que o filme se utiliza para passar a mensagem "confie na vida, ela sabe mais do que você" é incrivel.
Na cena final, eu chorava copiosamente e gargalhava ao mesmo tempo. Uma mistura de beleza espiritual com admiração pela inteligencia do roteirista produziu esta reação bem esquisita "ni mim".
Eu fico muito feliz ao saber que o mesmo mundo que produz Tarantinos, produz obras de arte como esta.
ps: a atriz que faz a esposa do cara é estonteante hein...
Jesus Cristo
O título do post é o nome de um dos filmes mais belos que já vi. A suavidade e beleza que o filme se utiliza para passar a mensagem "confie na vida, ela sabe mais do que você" é incrivel.
Na cena final, eu chorava copiosamente e gargalhava ao mesmo tempo. Uma mistura de beleza espiritual com admiração pela inteligencia do roteirista produziu esta reação bem esquisita "ni mim".
Eu fico muito feliz ao saber que o mesmo mundo que produz Tarantinos, produz obras de arte como esta.
ps: a atriz que faz a esposa do cara é estonteante hein...
domingo, 29 de agosto de 2010
"Disse a flor:
Como são tolos os homens!
A mim fazem versos e cantam louvores. Mas, sem teu mergulho no fundo escuro do humo, existiria eu, para recolher orvalho, para inspirar amantes, enfeitar a meditação dos místicos e oferecer nutrição às abelhas?!
Desculpa irmã raíz.Mas não sou culpada.É a cegueira dos homens que me faz usurpar teus méritos"
Extraído de http://professorhermogenes.blogspot.com/
Como são tolos os homens!
A mim fazem versos e cantam louvores. Mas, sem teu mergulho no fundo escuro do humo, existiria eu, para recolher orvalho, para inspirar amantes, enfeitar a meditação dos místicos e oferecer nutrição às abelhas?!
Desculpa irmã raíz.Mas não sou culpada.É a cegueira dos homens que me faz usurpar teus méritos"
Extraído de http://professorhermogenes.blogspot.com/
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
"Quando você sair com uma garota, ao busca-la em casa, saia do carro e abra a porta para que ela entre. Ao fechar a porta dela, dê a volta por trás do carro. A volta por trás do carro é maior do que pela frente e haverá tempo suficiente para que ela levante o pino da sua porta. Se ela assim o fizer, esssa garota tem uma boa alma."
Do filme Desafio no Bronx que, junto com O Poderoso Chefão e Apocalipse Now, deveria ser estudado nos cursos de graduação de todo o mundo
Do filme Desafio no Bronx que, junto com O Poderoso Chefão e Apocalipse Now, deveria ser estudado nos cursos de graduação de todo o mundo
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Children for rats*
Apesar da pouca idade, a vida já me presenteou com diversas oportunidades..e bota diversas nisso..já falei um pouco sobre isso em outros textos mas, uma mistura de orgulho com necessidade de pavimentar o restante do texto, vou repetir aqui..já servi o exercito, já trabalhei em multinacional, já trabalhei em empresa recem privatizada, passei meses mochilando fora do país, tive um restaurante, fiz um curso profissionalizante de ator, trabalhei em entidade de classe e agora estou na direção de uma empresa envolvida na construção civil...
Tudo isso tem me mostrado muita, mas muita coisa mesmo sobre o ser humano. É claro que ainda tenho um caminhão de coisa para aprender mas percebo que , a cada experiencia, vou conseguindo ter um pouquinho de clareza sobre determinados fenomenos.
Um deles é a capacidade crítica do ser humano, principalmente tratando-se de comportamentos de grupo. Não sou antropologo nem nada do gênero, tudo o que escrevo baseia-se apenas na minha experiencia de vida.
Eu realmente nao sei o que vem primeiro: se a capacidade crítica dos indívíduos de sociedades pouco evoluídas culturalmente (por cultura leia-se educação) é baixa porque a sociedade é pouco evoluída culturalmente ou se a sociedade é pouco evoluída porque seus cidadãos têm baixa capacidade crítica.
Durante algum tempo, eu tentei fazer um exercício de achar que todos são iguais e que a opinião de todos deveria ser levada em conta igualmente. Hoje eu seriamente desafio esta minha própria posição.
Para tentar finalmente costurar todos os parágrafos deste texto: eu estou tendo uma tremenda, repito, tremenda dificuldade em me comunicar com meus funcionários. São na sua esmagadora maioria pessoas de classes sociais humildes, pedreiros, pintores e afins. Com exceção de alguns mais velhos (que já tiveram a oportunidade de ter o seu negócio), a dificuldade em me fazer claro é imensa. Eles simplesmente não entendem o que eu quero dizer, ou entendem tudo ao contrário.
Após vários meses apanhando, eu descobri que a frequencia de compreensão é diferente. Simplesmente eles não fazem parte do meu universo cultural e eu preciso, obrigatoriamente, caso queira que a empresa atinja seus objetivos, readequar minha frequencia ao patamar deles.
Sem nenhum tipo de julgamento moral, estou apenas constatando um fato: a sensação que tenho é que estou me comunicando com crianças. As instruções precisam ser o mais simples e rasas possível. Pelo bem deles.
Pode ser que ninguém acredite mas honestamente nós trabalhamos, entre outras coisas, para que eles evoluam como cidadãos. Ao inseri-los no sistema bancario (a maioria nunca tinha tido conta corrente), inseri-los no sistema previdenciario, dar holerite permitindo assim que façam compras a prazo e montar um plano de carreira, dando assim um horizonte de vida para esses homens (em um ano de funcionamento, já enviamos mais de três funcionários para o SENAI e está nos nossos planos investir na educação formal deles), acreditamos estar dando a coisa mais importante que um ser humano pode dar para outro: dignidade.
Muito mais poderoso do que esmola ou qualquer bolsa-lixo, alguém com maior poder de decisão e ação deve se esforçar para dar dignidade ao seu próximo.
Desta forma, eu começo a entender fenomenos como a mitificação de Lula ou o crescimento absurdo das igrejas Evangélicas. As pessoas no comando destas organizações (o governo do PT e as igrejas, para ficar apenas nos exemplos que dei) tem uma inteligência de comunicação muito desenvolvida. Elas conseguem transmitir as mensagens na frequencia infantil da nossa sociedade.
Termino fazendo uma confissão: ao ver o despreparo da candidata em primeiro lugar nas pesquisas, entre outros fatores, eu me sinto bem desanimado por fazer parte desta sociedade. Uma sociedade cujos governantes usurpam o ideal de uma vida mais justa que as pessoas tem para seu próprio benefício. O que este governo está fazendo é estelionato. Vendem uma idéia sobre a qual eles não tem capacidade de executar. Exatamente o mesmo que os pastores das igrejas evangélicas.
E as crianças, tolas, acreditam.
* o título é uma alusão ao filme Lions for lambs (leoes e cordeiros) que defende a idéia de que a população é formada por leóes e a classe política, por cordeiros. Neste caso, são crianças na população e ratos no governo.
Tudo isso tem me mostrado muita, mas muita coisa mesmo sobre o ser humano. É claro que ainda tenho um caminhão de coisa para aprender mas percebo que , a cada experiencia, vou conseguindo ter um pouquinho de clareza sobre determinados fenomenos.
Um deles é a capacidade crítica do ser humano, principalmente tratando-se de comportamentos de grupo. Não sou antropologo nem nada do gênero, tudo o que escrevo baseia-se apenas na minha experiencia de vida.
Eu realmente nao sei o que vem primeiro: se a capacidade crítica dos indívíduos de sociedades pouco evoluídas culturalmente (por cultura leia-se educação) é baixa porque a sociedade é pouco evoluída culturalmente ou se a sociedade é pouco evoluída porque seus cidadãos têm baixa capacidade crítica.
Durante algum tempo, eu tentei fazer um exercício de achar que todos são iguais e que a opinião de todos deveria ser levada em conta igualmente. Hoje eu seriamente desafio esta minha própria posição.
Para tentar finalmente costurar todos os parágrafos deste texto: eu estou tendo uma tremenda, repito, tremenda dificuldade em me comunicar com meus funcionários. São na sua esmagadora maioria pessoas de classes sociais humildes, pedreiros, pintores e afins. Com exceção de alguns mais velhos (que já tiveram a oportunidade de ter o seu negócio), a dificuldade em me fazer claro é imensa. Eles simplesmente não entendem o que eu quero dizer, ou entendem tudo ao contrário.
Após vários meses apanhando, eu descobri que a frequencia de compreensão é diferente. Simplesmente eles não fazem parte do meu universo cultural e eu preciso, obrigatoriamente, caso queira que a empresa atinja seus objetivos, readequar minha frequencia ao patamar deles.
Sem nenhum tipo de julgamento moral, estou apenas constatando um fato: a sensação que tenho é que estou me comunicando com crianças. As instruções precisam ser o mais simples e rasas possível. Pelo bem deles.
Pode ser que ninguém acredite mas honestamente nós trabalhamos, entre outras coisas, para que eles evoluam como cidadãos. Ao inseri-los no sistema bancario (a maioria nunca tinha tido conta corrente), inseri-los no sistema previdenciario, dar holerite permitindo assim que façam compras a prazo e montar um plano de carreira, dando assim um horizonte de vida para esses homens (em um ano de funcionamento, já enviamos mais de três funcionários para o SENAI e está nos nossos planos investir na educação formal deles), acreditamos estar dando a coisa mais importante que um ser humano pode dar para outro: dignidade.
Muito mais poderoso do que esmola ou qualquer bolsa-lixo, alguém com maior poder de decisão e ação deve se esforçar para dar dignidade ao seu próximo.
Desta forma, eu começo a entender fenomenos como a mitificação de Lula ou o crescimento absurdo das igrejas Evangélicas. As pessoas no comando destas organizações (o governo do PT e as igrejas, para ficar apenas nos exemplos que dei) tem uma inteligência de comunicação muito desenvolvida. Elas conseguem transmitir as mensagens na frequencia infantil da nossa sociedade.
Termino fazendo uma confissão: ao ver o despreparo da candidata em primeiro lugar nas pesquisas, entre outros fatores, eu me sinto bem desanimado por fazer parte desta sociedade. Uma sociedade cujos governantes usurpam o ideal de uma vida mais justa que as pessoas tem para seu próprio benefício. O que este governo está fazendo é estelionato. Vendem uma idéia sobre a qual eles não tem capacidade de executar. Exatamente o mesmo que os pastores das igrejas evangélicas.
E as crianças, tolas, acreditam.
* o título é uma alusão ao filme Lions for lambs (leoes e cordeiros) que defende a idéia de que a população é formada por leóes e a classe política, por cordeiros. Neste caso, são crianças na população e ratos no governo.
domingo, 15 de agosto de 2010
"Treinamento Intensivo
Meu pai está morrendo. Lenta, dolorosamente. Tudo que posso fazer é acariciar suas mãos, seus pés. Ajudo no banho, feito na cama do hospital. Durmo ao seu lado – quando durmo.
Fico acordada ouvindo-o respirar através de uma máscara presa em sua cabeça por tiras negras.
Parece um instrumento de tortura medieval. Médicos e enfermeiros me garantem que isso alivia sua dificuldade respiratória.
Procuro acompanhar o ritmo do aparelho. Fico tonta. Inspiração rápida, expiração longa. Não há pausa nenhuma entre inspiração-expiração-inspiração.
O pulmão está comprometido, pneumonia, líquidos. A fisioterapeuta vem fazer aspiração. Um pequeno tubo plástico entra pela narina e chega ao pulmão. Suga sangue, catarro. Desagradável. Meu pai, com 94 anos de idade, franze o nariz.
Lembro-me dos yoguis - limpeza interna. Água pura aquecida e sal. Entrando de uma narina e saindo de outra. A limpeza de engulir gaze. Tantas formas de prática antigas e eficientes.
Mas, para yoguis, para pessoas treinadas.
No hospital não perguntam se a pessoa está interessada nessas práticas yoguicas. Estão fazendo o melhor pelo paciente.
Ficam perguntas em minha ignorante mente Zen. Seria adequado operar um senhor de 94 anos de idade, sendo tratado de pneumonia?
Pois descobriram que havia um hematoma entre a caixa craniana e o cérebro de meu pai.
Resultado de queda antiga ou recente? Resultado de anticoagulantes usados em massa depois de uma cirurgia onde colocaram prótese em seu fêmur direito?
“Ele sangra muito” foi o comentário do neuro cirurgião.
Minha irmã mais nova não queria fazer a cirurgia. Que ele fosse morrendo aos poucos, naturalmente, que não fosse ferido, cutucado, maltratado. Que dessem um sedativo, caso piorasse.Parecia tão bem. Queria a alta. Voltar para casa. A pneumonia estava controlada.Mas vieram os veredictos dos especialistas: se não fizer a cirurgia estará sendo condenado a uma morte muito sofrida.De tantas e tantas foi operado.
Estava eu liderando um treinamento zen intensivo. Sentava-me em zazen e imediatamente voltava ao quarto do hospital. Sim, em todos os períodos de zazen eu me via no quarto, com ele.Queria o seu bem, não sua dor, seu sofrimento.
Houve pioras, houve melhoras.
Nós monges somos proibidos de matar. Não podemos usar nenhum meio para terminar com a vida, nem mesmo mantras, pensamentos.
Oro por meu pai. Oro para que tenha tranqüilidade em suas dificuldades.
Tudo que começa termina.Não há encontro sem despedida.
O corpo é como uma carroça. Quando essa quebra e não pode ser usada, a devemos abandonar.
Meu pai não quer morrer.Meu pai quer viver.
Iniciaram a sedação. Teve pneumotórax. Furo na pleura. Teria sido o aparelho de respiração forte usada incessante mente?
O que pensa meu pai? O que não pensa?
Vá para a luz infinita. Radiante luz, mais forte que a do sol.
Por do sol. A luz bate em meus olhos e é refletida aos olhos de meu pai.Verde luz envolve parte de seu rosto. Olhei demais para o sol, mal vejo sua face, pai.
Minha irmã mais velha chora, acarinhando, abraçando, querendo colocá-lo em seu colo.
Ele olha. Olhos azuis que olham.Ele quer as filhas felizes.
Bom pai. Não queria me despedir de você. Queria ficar mais um pouco, queria acreditar que você sobreviveria a anestesia geral apesar da pneumonia.
Tenho raiva do cirurgião e quero culpá-lo por não ver meu pai e ver apenas o hematoma.
Ele viu o cérebro e não viu os pulmões. A especialidade limitou sua capacidade de avaliação?
Ou não?
Choro orando o Sutra do Coração da Grande Sabedoria Completa.
Anoiteceu.
Prática incessante do caminho.
Gate gate para gate parasamgate Bodhi svaha
Indo indo, tendo ido, tendo chegado e ainda assim indo. Salve a Iluminação.
Pai, agradeço sua vida minha vida, ensinamentos, ternura, cuidados, alimentos, limites ilimitados.
Beijo suas mãos inchadas de tanto soro e saio do quarto querendo voltar.
Há volta meu pai?
Onde dorme agora? Onde sonha? O que sonha? Pensa? Não pensa?
Triste escrevo a tristeza.
A despedida de meu pai. Dói.
Respiro fundo, solto lentamente.
Lenta a mente.
Isso é Zen. Isto é Yoga. Isto é vidamorte. Nós.
Mãos em prece
Monja Coen"
texto original em http://www.monjacoen.com.br/textos-budistas/textos-da-monja-coen/349-treinamento-intensivo
Meu pai está morrendo. Lenta, dolorosamente. Tudo que posso fazer é acariciar suas mãos, seus pés. Ajudo no banho, feito na cama do hospital. Durmo ao seu lado – quando durmo.
Fico acordada ouvindo-o respirar através de uma máscara presa em sua cabeça por tiras negras.
Parece um instrumento de tortura medieval. Médicos e enfermeiros me garantem que isso alivia sua dificuldade respiratória.
Procuro acompanhar o ritmo do aparelho. Fico tonta. Inspiração rápida, expiração longa. Não há pausa nenhuma entre inspiração-expiração-inspiração.
O pulmão está comprometido, pneumonia, líquidos. A fisioterapeuta vem fazer aspiração. Um pequeno tubo plástico entra pela narina e chega ao pulmão. Suga sangue, catarro. Desagradável. Meu pai, com 94 anos de idade, franze o nariz.
Lembro-me dos yoguis - limpeza interna. Água pura aquecida e sal. Entrando de uma narina e saindo de outra. A limpeza de engulir gaze. Tantas formas de prática antigas e eficientes.
Mas, para yoguis, para pessoas treinadas.
No hospital não perguntam se a pessoa está interessada nessas práticas yoguicas. Estão fazendo o melhor pelo paciente.
Ficam perguntas em minha ignorante mente Zen. Seria adequado operar um senhor de 94 anos de idade, sendo tratado de pneumonia?
Pois descobriram que havia um hematoma entre a caixa craniana e o cérebro de meu pai.
Resultado de queda antiga ou recente? Resultado de anticoagulantes usados em massa depois de uma cirurgia onde colocaram prótese em seu fêmur direito?
“Ele sangra muito” foi o comentário do neuro cirurgião.
Minha irmã mais nova não queria fazer a cirurgia. Que ele fosse morrendo aos poucos, naturalmente, que não fosse ferido, cutucado, maltratado. Que dessem um sedativo, caso piorasse.Parecia tão bem. Queria a alta. Voltar para casa. A pneumonia estava controlada.Mas vieram os veredictos dos especialistas: se não fizer a cirurgia estará sendo condenado a uma morte muito sofrida.De tantas e tantas foi operado.
Estava eu liderando um treinamento zen intensivo. Sentava-me em zazen e imediatamente voltava ao quarto do hospital. Sim, em todos os períodos de zazen eu me via no quarto, com ele.Queria o seu bem, não sua dor, seu sofrimento.
Houve pioras, houve melhoras.
Nós monges somos proibidos de matar. Não podemos usar nenhum meio para terminar com a vida, nem mesmo mantras, pensamentos.
Oro por meu pai. Oro para que tenha tranqüilidade em suas dificuldades.
Tudo que começa termina.Não há encontro sem despedida.
O corpo é como uma carroça. Quando essa quebra e não pode ser usada, a devemos abandonar.
Meu pai não quer morrer.Meu pai quer viver.
Iniciaram a sedação. Teve pneumotórax. Furo na pleura. Teria sido o aparelho de respiração forte usada incessante mente?
O que pensa meu pai? O que não pensa?
Vá para a luz infinita. Radiante luz, mais forte que a do sol.
Por do sol. A luz bate em meus olhos e é refletida aos olhos de meu pai.Verde luz envolve parte de seu rosto. Olhei demais para o sol, mal vejo sua face, pai.
Minha irmã mais velha chora, acarinhando, abraçando, querendo colocá-lo em seu colo.
Ele olha. Olhos azuis que olham.Ele quer as filhas felizes.
Bom pai. Não queria me despedir de você. Queria ficar mais um pouco, queria acreditar que você sobreviveria a anestesia geral apesar da pneumonia.
Tenho raiva do cirurgião e quero culpá-lo por não ver meu pai e ver apenas o hematoma.
Ele viu o cérebro e não viu os pulmões. A especialidade limitou sua capacidade de avaliação?
Ou não?
Choro orando o Sutra do Coração da Grande Sabedoria Completa.
Anoiteceu.
Prática incessante do caminho.
Gate gate para gate parasamgate Bodhi svaha
Indo indo, tendo ido, tendo chegado e ainda assim indo. Salve a Iluminação.
Pai, agradeço sua vida minha vida, ensinamentos, ternura, cuidados, alimentos, limites ilimitados.
Beijo suas mãos inchadas de tanto soro e saio do quarto querendo voltar.
Há volta meu pai?
Onde dorme agora? Onde sonha? O que sonha? Pensa? Não pensa?
Triste escrevo a tristeza.
A despedida de meu pai. Dói.
Respiro fundo, solto lentamente.
Lenta a mente.
Isso é Zen. Isto é Yoga. Isto é vidamorte. Nós.
Mãos em prece
Monja Coen"
texto original em http://www.monjacoen.com.br/textos-budistas/textos-da-monja-coen/349-treinamento-intensivo
sábado, 14 de agosto de 2010
Fernando Pessoa
Janis Joplin
Emmanuel
Slash
Luís Fernando França Souza
David Gilmore
Irvine Welsh
George Best
Cesar Caridade
Marlon Brando
Johanes Vermeer
Andre Luiz
Milan Kundera
Jewel
Mukunda Lal Gosh
Renato Russo
Annelise Caridade
Shakyamuni Buda
Anita Ekberg
Tupãzinho
José Gabriel da Costa
Eduardo Gianetti
Frank Sinatra
Erika Fujihara
Mestre Bimba
Inez Vendramini
Jose Carlos Caridade
Helio Cicero
Mick Jagger
Michelangelo
Johan Strauss
Eddie Wedder
Po Bronson
Paula de La Fuente
Chico Buarque de Holanda
Andrea Drigo
Hugo
Jesus de Nazaré
Obrigado
Janis Joplin
Emmanuel
Slash
Luís Fernando França Souza
David Gilmore
Irvine Welsh
George Best
Cesar Caridade
Marlon Brando
Johanes Vermeer
Andre Luiz
Milan Kundera
Jewel
Mukunda Lal Gosh
Renato Russo
Annelise Caridade
Shakyamuni Buda
Anita Ekberg
Tupãzinho
José Gabriel da Costa
Eduardo Gianetti
Frank Sinatra
Erika Fujihara
Mestre Bimba
Inez Vendramini
Jose Carlos Caridade
Helio Cicero
Mick Jagger
Michelangelo
Johan Strauss
Eddie Wedder
Po Bronson
Paula de La Fuente
Chico Buarque de Holanda
Andrea Drigo
Hugo
Jesus de Nazaré
Obrigado
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
cadê os homens dessa porra ?!!
Tava lendo a Playboy da Cleo Pires (pausa para suspiro e reverências...) outro dia aqui no escritorio. Depois de me deliciar com as matérias educativas da revista, fui dar uma folheada no resto. Vi um anuncio (sei lá do que era, acho que era de relógio) com o tal de Fiuk...putamerda, o cara parece uma mina.....
...o padrão de beleza masculino de hj é uma mina ?!!!!
Cadê os machos de verdade, com cara de homem, barba mal feita, jeito de canalha, do tipo que "coça-o-saco-cospe-no-chão-toma-pinga-num-gole-só-e-come-todas-as-mulheres-que-conhece?"
Cadê o Cowboy da Marlboro?
Cadê o Chuck Norris?
Cadê o Jesse Valadão?
Cadê o João Bafo de Onça e o Tripa Seca?
Fiuk? Pra mim esse cara serve pra propaganda de Carefree...
...o padrão de beleza masculino de hj é uma mina ?!!!!
Cadê os machos de verdade, com cara de homem, barba mal feita, jeito de canalha, do tipo que "coça-o-saco-cospe-no-chão-toma-pinga-num-gole-só-e-come-todas-as-mulheres-que-conhece?"
Cadê o Cowboy da Marlboro?
Cadê o Chuck Norris?
Cadê o Jesse Valadão?
Cadê o João Bafo de Onça e o Tripa Seca?
Fiuk? Pra mim esse cara serve pra propaganda de Carefree...
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Talvez daqui a cem anos...
Venezuela atrasa pagamentos e afugenta empresas brasileiras
Braskem adia investimentos de US$ 3,5 bilhões em dois projetos em território venezuelano; empreiteiras enfrentam problemas com uma lei que permite ao governo confiscar máquinas ou tomar obras públicas que estejam paralisadas ou atrasadas
Esta matéria foi publicada no Estadao de 6/8.
Em 2000, eu comecei a estagiar em uma multinacional de bebidas alcoolicas chamada UDV. A UDV era a junção de dois grupos multinacionais e era o maior produtor de bebidas destiladas do mundo, dona de marcas como Johnnie Walker, Smirnoff, Tequila Cuervo, Cerveja Guinness entre outros.
Nesta época, a Venezuela era o maior consumidor de Johnnie Walker Black Label da America Latina. A operação da empresa naquele país era, se nao me engano, a que trazia a maior receita para a matriz, entre todas as operações da AL. O presidente da operação brasileira foi promovido a presidente da operação venezuelana.
Nesta época, lembro de acompanhar um pouco de Política Internacional e Caracas representava o maior potencial de crescimento do nosso continente, superando inclusive o Chile.
10 anos depois, o Chile transformou-se no país mais organizado política e economicamente do continente. A Venezuela, por sua vez, mergulhou no caos.
Os fundos de pensao, que são os maiores investidores do globo, levam em consideração, primordialmente, os riscos economicos e políticos ao decidir um país para investir.
Ao longo desta década, a Venezuela reestatizou empresas, perseguiu opositores, alterou a Constituição e deu poder vitalicio ao seu presidente.Agora começa a descumprir contratos e afugentar, ainda mais, qualquer tentativa de investimento naquele país.
O argumento de que capital especulativo não é bemvindo é fraco e demonstra um idealismo infantil. O capital especulativo é fio do novelo. É o que permite que o país vá se estruturando para receber capital produtivo.Ninguém vai investir capital de longo prazo em um país como Angola, apenas porque deseja ajudar o país a sair da situação em que se encontra. Mas muita gente concorda em investir em Angola devido a remuneração que receberá e, no meio tempo, com fluxo de caixa positivo, o país começa a se estruturar e atrair, aí sim, o capital saudável.
A Venezuela, provavelmente, levará 100 anos para voltar a ser o que era 10 anos atrás. O sonho socialista é bonito mas é preciso ter muito preparo e conhecimento de Economia para coloca-lo em pratica e, infelizmente, passa ao largo de projetos de poder individuais e arroubos de distribuição de renda populistas.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Dilma abre 10 pontos sobre Serra, aponta pesquisa CNT/Sensus*
*Manchete da página virtual do Estado de SP de 5/8/10
Puta que pariu, tô pra ver povo mais ignorante que o brasileiro...
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
poles apart
Deveria haver uma matéria obrigatória no segundo grau...não, pensando bem na faculdade, lá pelo último ano, quando as pessoas já estão um pouco menos adolescentes, chamada Pink Floyd.
Isso mesmo, os alunos passariam um semestre inteiro ouvindo Pink Floyd. O professor entraria na sala de aula, apagaria as luzes e todos passariam cinquenta minutos ouvindo Pink Floyd, com os olhos fechados e em silencio.Só isso. Mais nada.
Então, naquele semestre, os alunos de Engenharia teriam Calculo VI, Estatística VIII, Dinâmica de Materiais XII e Pink Floyd.
Os de Medicina teriam Anatomia XVII, Gestão Hospitlar III, Historia da Medicina IX e Pink Floyd.
Os de Administração teriam Marketing de Serviços IV, Sociologia da Economia Virtual, Microeconomia Aplicada à Gestão de Pessoas e Pink Floyd.
Acho que sairíamos mais inteligentes da Universidade.
Isso mesmo, os alunos passariam um semestre inteiro ouvindo Pink Floyd. O professor entraria na sala de aula, apagaria as luzes e todos passariam cinquenta minutos ouvindo Pink Floyd, com os olhos fechados e em silencio.Só isso. Mais nada.
Então, naquele semestre, os alunos de Engenharia teriam Calculo VI, Estatística VIII, Dinâmica de Materiais XII e Pink Floyd.
Os de Medicina teriam Anatomia XVII, Gestão Hospitlar III, Historia da Medicina IX e Pink Floyd.
Os de Administração teriam Marketing de Serviços IV, Sociologia da Economia Virtual, Microeconomia Aplicada à Gestão de Pessoas e Pink Floyd.
Acho que sairíamos mais inteligentes da Universidade.
sábado, 24 de julho de 2010
pérolas da mpb
Eu não preciso de muito dinheiro, graças a Deus
Wally Salomão
ps: a versão da Gal Costa com o Zeca Baleiro e de sentar e chorar de tanta beleza
Wally Salomão
ps: a versão da Gal Costa com o Zeca Baleiro e de sentar e chorar de tanta beleza
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Se eu pudesse fazer apenas 1 pergunta para alguém muito sábio...
...como eu faço para crescer sem embrutecer meu coração?
terça-feira, 20 de julho de 2010
"Nos centros religiosos, há sempre grande numero de pessoas preocupadas com a idéia da morte.Muitos não creem na paz, nem no amor, senão em planos diferentes da Terra.A maioria aguarda situações imaginárias e injustificáveis para quem nunca levou em linha de conta o esforço próprio.
O anseio de morrer para ser feliz é enfermidade do espírito.
(...)
O mal não é essencialmente do mundo, mas das criaturas que o habitam.
A Terra, em si, sempre foi boa. De sua lama brotam lírios de delicado aroma, sua natureza maternal é repositório de maravilhosos milagres que se repetem todos os dias.
De nada vale partirmos do planeta, quando nossos males não foram exterminados convenientemente.Em tais circunstâncias, assemelhamo-nos aos portadores humanos das chamadas moléstias incuráveis. Podemos trocar de residência; todavia, a mudança é quase nada se as feridas nos acompanham.
Faz-se preciso, pois, embelezar o mundo e aprimora-lo, combatendo o mal que está em nós."
Emmanuel
Caminho, Verdade e Vida
O anseio de morrer para ser feliz é enfermidade do espírito.
(...)
O mal não é essencialmente do mundo, mas das criaturas que o habitam.
A Terra, em si, sempre foi boa. De sua lama brotam lírios de delicado aroma, sua natureza maternal é repositório de maravilhosos milagres que se repetem todos os dias.
De nada vale partirmos do planeta, quando nossos males não foram exterminados convenientemente.Em tais circunstâncias, assemelhamo-nos aos portadores humanos das chamadas moléstias incuráveis. Podemos trocar de residência; todavia, a mudança é quase nada se as feridas nos acompanham.
Faz-se preciso, pois, embelezar o mundo e aprimora-lo, combatendo o mal que está em nós."
Emmanuel
Caminho, Verdade e Vida
terça-feira, 13 de julho de 2010
Casa Grande e Senzala - Versão Capitalista
Tem uma coisa da cultura européia que eu acho incrivel..bem, tem várias na verdade, mas tenho me lembrado de uma em particular esses ultimos tempos...
lembro, há alguns anos, de ter entrado em um bar (acho que estava em Varsóvia) e pedido um treco do cardápio..a garçonete gentilmente disse que não havia, naquele dia, o item escolhido. Pedi então uma outra coisa. Ela desculpou-se e disse que o comprador havia faltado (ou algo do genero) e varios itens estavam em falta. Comecei a demonstrar insatisfação e fui um pouco rude com ela. Ela, sem perder o rebolado, disse calmamente "se não está satisfeito, vá comer em outro lugar".
Na nossa cultura, acredito que muito influenciada pela cultura americana, existe o sentimento de que o cliente pode tudo. Que o fornecedor está lá apenas para servir, não importa o que aconteça. É inadmissivel nao atender um cliente com um sorriso, não procurar fazer todos os esforços para realizar as vontades daquele ser que está pagando pelo seu serviço.
E eu acho isso uma grande bosta. Grande com G maiusculo.
O cliente é tão importante para o fornecedor quanto o fornecedor é para o cliente. É uma via de duas mãos. Um sem o outro não vive. Você quer um serviço, eu quero seu dinheiro. Só isso. Você me dá seu dinheiro, eu dou meu tempo e meu conhecimento.
Quão detestáveis são aqueles scripts de telemarketing com seus "Telefonica agradece sua ligação e está sempre a disposição para atende-lo e bla bla bla"....foda-se....preste seus serviços com qualidade e preço justo que tá tudo certo.
Ou então o "desculpe qualquer coisa" com olhar de cachorro pidão. Me irrita profundamente.
Hoje eu sou prestador de serviço em uma ponta e cliente em outra. À medida que a empresa está ganhando corpo, estamos declinando vários clientes. Declinando mesmo, dizendo "não quero ter você como meu cliente". É incrivel como eles não entendem, parece que falamos russo. Simplesmente achamos você uma bosta de cliente e meu tempo não vale seu dinheiro. E procuramos tratar todos os fornecedores da forma mais respeitosa e equanime possivel.
Garçons não são subraça.
Vendedores não são superseres imunes a crises de mau humor.
Funcionários não nasceram para lamber os seus pés.
Não gostou? Vá comer em outro lugar. Simples assim.
lembro, há alguns anos, de ter entrado em um bar (acho que estava em Varsóvia) e pedido um treco do cardápio..a garçonete gentilmente disse que não havia, naquele dia, o item escolhido. Pedi então uma outra coisa. Ela desculpou-se e disse que o comprador havia faltado (ou algo do genero) e varios itens estavam em falta. Comecei a demonstrar insatisfação e fui um pouco rude com ela. Ela, sem perder o rebolado, disse calmamente "se não está satisfeito, vá comer em outro lugar".
Na nossa cultura, acredito que muito influenciada pela cultura americana, existe o sentimento de que o cliente pode tudo. Que o fornecedor está lá apenas para servir, não importa o que aconteça. É inadmissivel nao atender um cliente com um sorriso, não procurar fazer todos os esforços para realizar as vontades daquele ser que está pagando pelo seu serviço.
E eu acho isso uma grande bosta. Grande com G maiusculo.
O cliente é tão importante para o fornecedor quanto o fornecedor é para o cliente. É uma via de duas mãos. Um sem o outro não vive. Você quer um serviço, eu quero seu dinheiro. Só isso. Você me dá seu dinheiro, eu dou meu tempo e meu conhecimento.
Quão detestáveis são aqueles scripts de telemarketing com seus "Telefonica agradece sua ligação e está sempre a disposição para atende-lo e bla bla bla"....foda-se....preste seus serviços com qualidade e preço justo que tá tudo certo.
Ou então o "desculpe qualquer coisa" com olhar de cachorro pidão. Me irrita profundamente.
Hoje eu sou prestador de serviço em uma ponta e cliente em outra. À medida que a empresa está ganhando corpo, estamos declinando vários clientes. Declinando mesmo, dizendo "não quero ter você como meu cliente". É incrivel como eles não entendem, parece que falamos russo. Simplesmente achamos você uma bosta de cliente e meu tempo não vale seu dinheiro. E procuramos tratar todos os fornecedores da forma mais respeitosa e equanime possivel.
Garçons não são subraça.
Vendedores não são superseres imunes a crises de mau humor.
Funcionários não nasceram para lamber os seus pés.
Não gostou? Vá comer em outro lugar. Simples assim.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
domingo, 4 de julho de 2010
pra todos aqueles que gostam de dar conselhos ou dizer como as coisas deveriam ser
"o ouvido mais próximo da nossa boca é o nosso"
sexta-feira, 2 de julho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
"Meia-idade chega quando você para de criticar os mais velhos e começa a criticar os mais novos"
Sexta, 19:15h. Tô no escritório fazendo hora pra ir pra casa. Coloquei algumas músicas para me fazer companhia. O set list escolhido até agora
stairway to heaven - led zeppelin
one - metallica
another brick in the wall - pink floyd
fear of the dark - iron maiden
november rain - guns
black - pearl jam
me and bobby mcgee - janis
riders on the storm - doors
cranberries - zombie
e aí eu fico pensando na molecada de hoje em dia que tem a sua adolescência marcada por lady gaga, justin bieber e black eyed peas....
...papai do céu foi bom pra caralho com a minha geração....
Sexta, 19:15h. Tô no escritório fazendo hora pra ir pra casa. Coloquei algumas músicas para me fazer companhia. O set list escolhido até agora
stairway to heaven - led zeppelin
one - metallica
another brick in the wall - pink floyd
fear of the dark - iron maiden
november rain - guns
black - pearl jam
me and bobby mcgee - janis
riders on the storm - doors
cranberries - zombie
e aí eu fico pensando na molecada de hoje em dia que tem a sua adolescência marcada por lady gaga, justin bieber e black eyed peas....
...papai do céu foi bom pra caralho com a minha geração....
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Eu odeio Rede Social
Eu nunca tive orkut, facebook ou qualquer uma dessas merdas. Hoje é por ideologia, mas no começo eu não tinha por questões práticas. Quando a febre do orkut começou, a empresa onde eu trabalhava bloqueava acesso a este site. Quando chegava em casa à noite, a ultima coisa que eu queria era sentar na frente do computador.
O tempo foi passando, a onda foi aumentando e eu perdi o bonde da história. Quando saí da empresa, até pensei em montar um perfil, mas a preguiça falou mais alto.
Hoje, eu devo receber uns quatro convites por semana para entrar em alguma rede social. Com grande prazer recuso todos. Acho uma bosta.
Mentira vai, eu entrei no linkedin, uma rede social com fins profissionais. Quando fui demitido, dei uma desesperada e fiz meu perfil. Minha ultima atualização tem uns seis meses...
Sei lá,eu acho muito esquisito ficar lá colocando foto, mandando recadinho, entrando em comunidade....diversos amigos meus já justificaram dizendo que comeram varias mulheres ou reencontraram muita gente antiga por causa do orkut..mas eu quero que se dane, nao quero comer nem reencontrar ninguém (tá bom vai, comer até que seria bom...) Mas enfim, o ponto é que parece que virou mais uma daquelas obrigações estupidas que aceitamos sem questionar...vc tem que ter o carro mais bacana, o celular mais bacana e ser uma pessoa "conectada"....nada contra carros e celulares, que você morra no inferno se investe sua vida para bancar um carrão mas eu curto gastar meu tempo com outras coisas...encontrar pessoas ao vivo por exemplo...ter minha privacidade preservada por exemplo...reencontrar amigos perdidos acidentalmente por exemplo...
Lembro que no meu ultimo emprego o diretorzão lá tinha um perfil no facebook..era patético aquele cara de 50 e poucos anos, que pintava o cabelo e contratava pessoas de acordo com a qualidade da unha delas (é sério isso..), tentando pagar de antenado, de que estava por dentro da ultima onda publicada na Você S.A...
bom, foi só um desabafo....ah, acho que quem tem twitter deveria ser deportado para a coréia do norte...e quem segue twitter deveria ser obrigado a assistir TODOS OS DIAS a novela Uma Rosa Com Amor, do sbt...
ps: blog não, blog é da hora....
O tempo foi passando, a onda foi aumentando e eu perdi o bonde da história. Quando saí da empresa, até pensei em montar um perfil, mas a preguiça falou mais alto.
Hoje, eu devo receber uns quatro convites por semana para entrar em alguma rede social. Com grande prazer recuso todos. Acho uma bosta.
Mentira vai, eu entrei no linkedin, uma rede social com fins profissionais. Quando fui demitido, dei uma desesperada e fiz meu perfil. Minha ultima atualização tem uns seis meses...
Sei lá,eu acho muito esquisito ficar lá colocando foto, mandando recadinho, entrando em comunidade....diversos amigos meus já justificaram dizendo que comeram varias mulheres ou reencontraram muita gente antiga por causa do orkut..mas eu quero que se dane, nao quero comer nem reencontrar ninguém (tá bom vai, comer até que seria bom...) Mas enfim, o ponto é que parece que virou mais uma daquelas obrigações estupidas que aceitamos sem questionar...vc tem que ter o carro mais bacana, o celular mais bacana e ser uma pessoa "conectada"....nada contra carros e celulares, que você morra no inferno se investe sua vida para bancar um carrão mas eu curto gastar meu tempo com outras coisas...encontrar pessoas ao vivo por exemplo...ter minha privacidade preservada por exemplo...reencontrar amigos perdidos acidentalmente por exemplo...
Lembro que no meu ultimo emprego o diretorzão lá tinha um perfil no facebook..era patético aquele cara de 50 e poucos anos, que pintava o cabelo e contratava pessoas de acordo com a qualidade da unha delas (é sério isso..), tentando pagar de antenado, de que estava por dentro da ultima onda publicada na Você S.A...
bom, foi só um desabafo....ah, acho que quem tem twitter deveria ser deportado para a coréia do norte...e quem segue twitter deveria ser obrigado a assistir TODOS OS DIAS a novela Uma Rosa Com Amor, do sbt...
ps: blog não, blog é da hora....
terça-feira, 1 de junho de 2010
Centrais (sindicais) declaram guerra contra Serra*
* manchete da página virtual de O Estado de Sao Paulo de 01/06.
Só isso já seria motivo suficiente para votar no Serra....
Só isso já seria motivo suficiente para votar no Serra....
segunda-feira, 31 de maio de 2010
domingo, 16 de maio de 2010
"And as we wind on down the road
Our shadows taller than our souls
There walks a lady we all know
Who shines white light and wants to show
How everything still turns to gold
And if you listen very hard
The tune will come to you at last
When all are one and one is all, yeah
To be a rock and not to roll"
Jimmy Page e Robert Plant
Our shadows taller than our souls
There walks a lady we all know
Who shines white light and wants to show
How everything still turns to gold
And if you listen very hard
The tune will come to you at last
When all are one and one is all, yeah
To be a rock and not to roll"
Jimmy Page e Robert Plant
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Sucesso e Fracasso
eu nao poderia concordar mais com o autor do texto..
"Querida(o) Amiga(o),
O maior medo do ser humano não é falar em público. O maior medo do ser humano é se ver associado com o Fracasso. Ninguém absolutamente ninguém quer se ver associado com o Fracasso. Ninguém adiciona os fracassos que cometeu ao seu currículo profissional. Nenhuma empresa dedica uma área do seu web site aos "casos de fracasso". Todos procuramos esconder todo tipo de ponto fraco que temos ou fracasso que tivemos na vida porque acreditamos que o sucesso é resultado de um conjunto de bem sucedidas etapas nas nossas vidas onde não pode haver espaço para o fracasso.
Pura ilusão.
Você vê isso claramente nos esportes e nas artes. Na grande maioria das vezes a equipe campeã leva o caneco porque ganhou mais vezes do que os seus concorrentes mesmo tendo em seu curriculo diversas derrotas e empates ao longo do campeonato que venceu. Nem todas as músicas dos Beatles, Rolling Stones e U2 atingiram o topo das paradas, mas isso não os impediu de arrebentar em outras dezenas de petardos.
A grande maioria dos vendedores ganham apenas 10% dos negócios que participam.
No baseball, um esporte que sou apaixonado, o melhor rebatedor do esporte é aquele que consegue rebater uma boa três vezes em dez tentativas. O restante dos jogadores não consegue rebater nem duas vezes. Nas outras oito tentativas o cara passa vergonha na frente de milhões de pessoas.
E daí?
O importante é compreender que você e somente você é responsável pelo seu sucesso e fracasso, portanto, é tudo uma questão de assumir que você precisa modificar o que não está funcionando.
O verdadeiro fracasso na vida não é pisar na bola, mas fugir de tentar viver desafios que valem a pena serem vividos sem nem tentar vivê-los; ou, quando nos recusamos a aprender com nossos erros.
Não é fácil aprender com os nossos próprios erros. É muito mais fácil e comum jogar a culpa nos outros por aquilo que acontece conosco. É realmente muito difícil mudar a nossa perspectiva de ver as coisas para que possamos encontrar sucesso nos nossos fracassos. Mas, precisamos tentar.
Sucesso, por outro lado, não é sobre ser visto como bem sucedido por outras pessoas. Sucesso tem a ver com você fazer o que acredita ser o certo fazer. Somente você sabe do que você é capaz de fazer, ou, o quanto você foge das coisas que tem que fazer. O que interessa é o que você considera sucesso e não o que os outros pensam sobre o que é sucesso. Você acredita que fez o que tinha que fazer? Você está consciente sobre tudo que poderia ser feito? Então, você pode se considerar bem sucedido, independente da opinião das outras pessoas.
Quando tentamos fazer o melhor e estamos ansiosos por aprender, nós sempre seremos bem sucedidos, mesmo que não consigamos atingir os resultados esperados.
Por medo do fracasso, a grande maioria das pessoas deixa a vida passar sem tentar empreender seus sonhos. O caminho para o sucesso não é uma linha reta. É claro que todos iremos passar por diferentes fracassos até conseguir algum tipo de sucesso.
O cara espera décadas até escrever o seu primeiro livro porque acha que não está preparado para escrever o seu primeiro livro. O outro espera se aposentar para acumular algum dinheiro para abrir uma empresa perfeita.
Legal, mas o fato é que todos irão fracassar. Dificilmente o primeiro livro do cara será bem sucedido como ele imagina; dificilmente a empresa do cidadão será líder de mercado como ele imagina. Todos fracassamos em nossas primeiras tentativas. Todos. Por isso, é muito importante colocar em prática nossos sonhos o mais rápido possível para que possamos aprender o mais cedo possível como adaptar nossos modelos de negócios à realidade do mundo, e voltar a carga até que consigamos o sucesso que esperamos. Quanto mais cedo você escrever o seu livro, mais tempo terá para escrever novos livros para ser bem sucedido; quanto mais cedo quebrar a sua primeira empresa, mais tempo terá para ser bem sucedido na próxima.
Escola nenhuma ou dinheiro nenhum do mundo te ensinarão como ser bem sucedido na vida. Esse tipo de coisa você aprende passando pelas mais sérias dificuldades que tiver coragem de se submeter na sua vida.
Uma vez que todos procuram se afastar o máximo possível de qualquer chance de fracassar na vida, o número de chances das pessoas serem bem sucedidas é cada vez menor. Sem fracassos, não tem sucesso, sem queda, não tem glória, sem morte, não tem ressurreição.
A minha mensagem de Páscoa é em Defesa do Fracasso.
Defendo o Fracasso por experiência própria. Eu já fiz tanta besteira e fracassei tanto na vida que sei que a melhor maneira de aprender é fracassando; a melhor maneira de ser bem sucedido é saber o mais cedo possível o que não funciona; a melhor maneira de acertar é depois de ter tentado acertar de tantas maneiras diferentes que te obriga a conhecer novos modelos e opções que não conhecia em primeiro lugar. "
"Querida(o) Amiga(o),
O maior medo do ser humano não é falar em público. O maior medo do ser humano é se ver associado com o Fracasso. Ninguém absolutamente ninguém quer se ver associado com o Fracasso. Ninguém adiciona os fracassos que cometeu ao seu currículo profissional. Nenhuma empresa dedica uma área do seu web site aos "casos de fracasso". Todos procuramos esconder todo tipo de ponto fraco que temos ou fracasso que tivemos na vida porque acreditamos que o sucesso é resultado de um conjunto de bem sucedidas etapas nas nossas vidas onde não pode haver espaço para o fracasso.
Pura ilusão.
Você vê isso claramente nos esportes e nas artes. Na grande maioria das vezes a equipe campeã leva o caneco porque ganhou mais vezes do que os seus concorrentes mesmo tendo em seu curriculo diversas derrotas e empates ao longo do campeonato que venceu. Nem todas as músicas dos Beatles, Rolling Stones e U2 atingiram o topo das paradas, mas isso não os impediu de arrebentar em outras dezenas de petardos.
A grande maioria dos vendedores ganham apenas 10% dos negócios que participam.
No baseball, um esporte que sou apaixonado, o melhor rebatedor do esporte é aquele que consegue rebater uma boa três vezes em dez tentativas. O restante dos jogadores não consegue rebater nem duas vezes. Nas outras oito tentativas o cara passa vergonha na frente de milhões de pessoas.
E daí?
O importante é compreender que você e somente você é responsável pelo seu sucesso e fracasso, portanto, é tudo uma questão de assumir que você precisa modificar o que não está funcionando.
O verdadeiro fracasso na vida não é pisar na bola, mas fugir de tentar viver desafios que valem a pena serem vividos sem nem tentar vivê-los; ou, quando nos recusamos a aprender com nossos erros.
Não é fácil aprender com os nossos próprios erros. É muito mais fácil e comum jogar a culpa nos outros por aquilo que acontece conosco. É realmente muito difícil mudar a nossa perspectiva de ver as coisas para que possamos encontrar sucesso nos nossos fracassos. Mas, precisamos tentar.
Sucesso, por outro lado, não é sobre ser visto como bem sucedido por outras pessoas. Sucesso tem a ver com você fazer o que acredita ser o certo fazer. Somente você sabe do que você é capaz de fazer, ou, o quanto você foge das coisas que tem que fazer. O que interessa é o que você considera sucesso e não o que os outros pensam sobre o que é sucesso. Você acredita que fez o que tinha que fazer? Você está consciente sobre tudo que poderia ser feito? Então, você pode se considerar bem sucedido, independente da opinião das outras pessoas.
Quando tentamos fazer o melhor e estamos ansiosos por aprender, nós sempre seremos bem sucedidos, mesmo que não consigamos atingir os resultados esperados.
Por medo do fracasso, a grande maioria das pessoas deixa a vida passar sem tentar empreender seus sonhos. O caminho para o sucesso não é uma linha reta. É claro que todos iremos passar por diferentes fracassos até conseguir algum tipo de sucesso.
O cara espera décadas até escrever o seu primeiro livro porque acha que não está preparado para escrever o seu primeiro livro. O outro espera se aposentar para acumular algum dinheiro para abrir uma empresa perfeita.
Legal, mas o fato é que todos irão fracassar. Dificilmente o primeiro livro do cara será bem sucedido como ele imagina; dificilmente a empresa do cidadão será líder de mercado como ele imagina. Todos fracassamos em nossas primeiras tentativas. Todos. Por isso, é muito importante colocar em prática nossos sonhos o mais rápido possível para que possamos aprender o mais cedo possível como adaptar nossos modelos de negócios à realidade do mundo, e voltar a carga até que consigamos o sucesso que esperamos. Quanto mais cedo você escrever o seu livro, mais tempo terá para escrever novos livros para ser bem sucedido; quanto mais cedo quebrar a sua primeira empresa, mais tempo terá para ser bem sucedido na próxima.
Escola nenhuma ou dinheiro nenhum do mundo te ensinarão como ser bem sucedido na vida. Esse tipo de coisa você aprende passando pelas mais sérias dificuldades que tiver coragem de se submeter na sua vida.
Uma vez que todos procuram se afastar o máximo possível de qualquer chance de fracassar na vida, o número de chances das pessoas serem bem sucedidas é cada vez menor. Sem fracassos, não tem sucesso, sem queda, não tem glória, sem morte, não tem ressurreição.
A minha mensagem de Páscoa é em Defesa do Fracasso.
Defendo o Fracasso por experiência própria. Eu já fiz tanta besteira e fracassei tanto na vida que sei que a melhor maneira de aprender é fracassando; a melhor maneira de ser bem sucedido é saber o mais cedo possível o que não funciona; a melhor maneira de acertar é depois de ter tentado acertar de tantas maneiras diferentes que te obriga a conhecer novos modelos e opções que não conhecia em primeiro lugar. "
Texto de Ricardo Jordão Magalhães publicado em
sábado, 1 de maio de 2010
Dia das mães
"Na Índia, gostamos de falar de Deus como Mãe Divina, porque uma verdadeira mãe é mais meiga e clemente do que um pai. A mãe é uma expressão do amor incondicional de Deus. As mães foram criadas por Deus para nos mostrar que Ele nos ama com ou sem motivo. Toda mulher é para mim uma representante da Mãe. Vejo a Mãe Cósmica em todas. O que eu acho mais admirável na mulher é o seu amor materno."
Paramahansa Yogananda, A Eterna Busca do Homem
Paramahansa Yogananda, A Eterna Busca do Homem
sexta-feira, 16 de abril de 2010
No creo en las brujas pero...
" "Deixei o meu corpo."A voz estava mais alta e rouca. "Vejo uma luz maravilhosa...Há pessoas se aproximando de mim. Elas vêm me ajudar. São maravilhosas. Elas não têm medo...Sinto-me muito leve.."
Fez-se uma longa pausa.
"Você tem alguma idéia sobre a vida que acabou de deixar?"
"Isto fica para mais tarde. Agora sinto apenas paz. É uma hora de consolo. O grupo precisa ser consolado. A alma...a alma encontra a paz aqui. Deixa-se pra trás todo o sofrimento físico. A alma está tranquila. É um sentimento maravilhoso...maravilhoso, como se o sol estivesse sempre brilhando.A luz é tão forte!Tudo emana de seus raios! A energia vem desta luz. A nossa alma vai pra lá imediatamente. É quase uma força magnética que nos atrai. É maravilhoso. É como se fosse uma fonte de energia. Ela pode curar."
"Tem cor?"
"Tem muitas cores." Ela fez uma pausa, descansando nesta luz.
"O que você está sentindo?", aventurei.
"Nada...apenas tranquilidade. Estamos entre amigos. Eles estão todos aqui. Vejo muita gente. Alguns são familiares, outros não.Mas estamos lá, esperando."
Ela continuava esperando, enquanto os minutos se passavam. Resolvi acelerar o processo.
"Tenho uma pergunta a fazer."
"A quem?", perguntou Catherine.
"Alguém - a você ou aos mestres", esquivei-me."Acho que compreender isto vai nos ajudar.A pergunta é: Nós escolhemos o momento e a maneira como nascemos e morremos?Podemos escolher nossa situação?Podemos escolher a hora de morrer novamente?Acho que compreender isto vai diminuir bastante nossos medos.Existe alguém aí que possa responder?".
A sala estava fria
Quando Catherine voltou a falar, sua voz era mais profunda e ressonante.Era uma voz que eu nunca escutara antes. Era a voz de um poeta.
"Sim, nós escolhemos quando vamos entrar no nosso estado físico e quando vamos deixa-lo. Sabemos quando já cumprimos aquilo para o qual fomos enviados aqui embaixo.Sabemos quando chega a hora e aceitamos nossa morte.Pois sabemos que nada mais será alcançado nesta vida.Quando se tem tempo, quando se teve tempo para descansar e revigorar a alma, é permitido escolher o retorno ao estado físico. Aqueles que hesitam, que não estão certos de sua volta, podem perder a oportunidade, a chance de realizar o que deve ser feito no estado físico."
Vi logo que não era Catherine que falava. "Quem está falando comigo?", implorei, "Quem está falando?"
Catherine respondeu no seu sussuro suave e familiar. "Não sei. É a voz de alguém muito...alguém que controla as coisas, mas não sei quem é. Escuto apenas a sua voz e tento repetir o que ele lhe diz."
Ela também sabia que este conhecimento não era dela, não vinha do subconsciente nem do inconsciente. Nem mesmo do seu eu supraconsciente. Ela, de alguma maneira, escutava e depois me transmitia as palavras e pensamentos de alguém especial, alguém que "controla as coisas."Surgira um outro mestre, portanto, diferente daquele, ou daqueles, de quem tinham vindo as sábias mensagens anteriores.Este era um espírito novo, com voz e estilo característicos, poético e sereno. Era um mestre que falava da morte sem hesitações, mas cuja voz e pensamentos eram impregnados de amor. Um amor sincero e real, porém desapaixonado e universal. Era jubiloso, mas não era sufocante, emocional ou constrangedor. Transmitia uma sensação de desapego amoroso ou de bondade desprendida e era vagamente familiar."
Trecho do livro Muitas Vidas, Muitos Mestres - escrito pelo Dr. Brian Weiss, formado em Medicina em Yale e atual chefe do Departamento de Psiquiatria do Mount Sinai Medical Center em Miami.
Fez-se uma longa pausa.
"Você tem alguma idéia sobre a vida que acabou de deixar?"
"Isto fica para mais tarde. Agora sinto apenas paz. É uma hora de consolo. O grupo precisa ser consolado. A alma...a alma encontra a paz aqui. Deixa-se pra trás todo o sofrimento físico. A alma está tranquila. É um sentimento maravilhoso...maravilhoso, como se o sol estivesse sempre brilhando.A luz é tão forte!Tudo emana de seus raios! A energia vem desta luz. A nossa alma vai pra lá imediatamente. É quase uma força magnética que nos atrai. É maravilhoso. É como se fosse uma fonte de energia. Ela pode curar."
"Tem cor?"
"Tem muitas cores." Ela fez uma pausa, descansando nesta luz.
"O que você está sentindo?", aventurei.
"Nada...apenas tranquilidade. Estamos entre amigos. Eles estão todos aqui. Vejo muita gente. Alguns são familiares, outros não.Mas estamos lá, esperando."
Ela continuava esperando, enquanto os minutos se passavam. Resolvi acelerar o processo.
"Tenho uma pergunta a fazer."
"A quem?", perguntou Catherine.
"Alguém - a você ou aos mestres", esquivei-me."Acho que compreender isto vai nos ajudar.A pergunta é: Nós escolhemos o momento e a maneira como nascemos e morremos?Podemos escolher nossa situação?Podemos escolher a hora de morrer novamente?Acho que compreender isto vai diminuir bastante nossos medos.Existe alguém aí que possa responder?".
A sala estava fria
Quando Catherine voltou a falar, sua voz era mais profunda e ressonante.Era uma voz que eu nunca escutara antes. Era a voz de um poeta.
"Sim, nós escolhemos quando vamos entrar no nosso estado físico e quando vamos deixa-lo. Sabemos quando já cumprimos aquilo para o qual fomos enviados aqui embaixo.Sabemos quando chega a hora e aceitamos nossa morte.Pois sabemos que nada mais será alcançado nesta vida.Quando se tem tempo, quando se teve tempo para descansar e revigorar a alma, é permitido escolher o retorno ao estado físico. Aqueles que hesitam, que não estão certos de sua volta, podem perder a oportunidade, a chance de realizar o que deve ser feito no estado físico."
Vi logo que não era Catherine que falava. "Quem está falando comigo?", implorei, "Quem está falando?"
Catherine respondeu no seu sussuro suave e familiar. "Não sei. É a voz de alguém muito...alguém que controla as coisas, mas não sei quem é. Escuto apenas a sua voz e tento repetir o que ele lhe diz."
Ela também sabia que este conhecimento não era dela, não vinha do subconsciente nem do inconsciente. Nem mesmo do seu eu supraconsciente. Ela, de alguma maneira, escutava e depois me transmitia as palavras e pensamentos de alguém especial, alguém que "controla as coisas."Surgira um outro mestre, portanto, diferente daquele, ou daqueles, de quem tinham vindo as sábias mensagens anteriores.Este era um espírito novo, com voz e estilo característicos, poético e sereno. Era um mestre que falava da morte sem hesitações, mas cuja voz e pensamentos eram impregnados de amor. Um amor sincero e real, porém desapaixonado e universal. Era jubiloso, mas não era sufocante, emocional ou constrangedor. Transmitia uma sensação de desapego amoroso ou de bondade desprendida e era vagamente familiar."
Trecho do livro Muitas Vidas, Muitos Mestres - escrito pelo Dr. Brian Weiss, formado em Medicina em Yale e atual chefe do Departamento de Psiquiatria do Mount Sinai Medical Center em Miami.
quinta-feira, 25 de março de 2010
eita que tem nego sábio nesse mundo...
"E se o mundo revirá
Nóis agarra no barranco
Se o carro enguissá
Nóis arranca ele no tranco
Se o dinheiro acabar
Nóis levanta mais no banco
Mais só não pode acabar com as muié
Nóis não vive sem muié
Nóis é doido por muié
Se a careca almentá
Nóis arranja uma piruca
Se meu time não ganhá
No juiz nóis poem a culpa
Se a vida amarga nóis adoça com açúcar
Mais só não pode acabar com as muié
Nóis não vive sem muié
Nóis é doido por muié
Se a canoa afundá
Nóis travessa o rio a nado
Se a inchada inferrujá
Nóis capina de machado
Se o chuveiro não isquentá
Nóis toma banho gelado
Mais só não pode acabar com as muié
Nóis não vive sem muié
Nóis é doido por muié
Se o alicate nã arrancá nóis arranca com o dente
Se a inflação aumentá
Nóis derruba o presidente
Se a patroa esfriá
Nóis arranja outra mais quente
Mais só não pode acabar com as muié
Nóis não vive sem muié
Nóis é doido por muié
Se o capeta aparecer
Nóis reza uma ave maria
Se a reza não valê
Nóis dispara na corrida
Se as perna endurecer
Nóis enfrenta ele na briga
Mais só não pode acabar com as muié..."
Sei lá de quem é essa porra dessa letra...
Nóis agarra no barranco
Se o carro enguissá
Nóis arranca ele no tranco
Se o dinheiro acabar
Nóis levanta mais no banco
Mais só não pode acabar com as muié
Nóis não vive sem muié
Nóis é doido por muié
Se a careca almentá
Nóis arranja uma piruca
Se meu time não ganhá
No juiz nóis poem a culpa
Se a vida amarga nóis adoça com açúcar
Mais só não pode acabar com as muié
Nóis não vive sem muié
Nóis é doido por muié
Se a canoa afundá
Nóis travessa o rio a nado
Se a inchada inferrujá
Nóis capina de machado
Se o chuveiro não isquentá
Nóis toma banho gelado
Mais só não pode acabar com as muié
Nóis não vive sem muié
Nóis é doido por muié
Se o alicate nã arrancá nóis arranca com o dente
Se a inflação aumentá
Nóis derruba o presidente
Se a patroa esfriá
Nóis arranja outra mais quente
Mais só não pode acabar com as muié
Nóis não vive sem muié
Nóis é doido por muié
Se o capeta aparecer
Nóis reza uma ave maria
Se a reza não valê
Nóis dispara na corrida
Se as perna endurecer
Nóis enfrenta ele na briga
Mais só não pode acabar com as muié..."
Sei lá de quem é essa porra dessa letra...
domingo, 21 de março de 2010
Um brinde às rugas
Eu já passei o Cabo da Boa Esperança dos 30 anos. Ainda me considero muito jovem mas a percepção que tenho da vida hoje é completamente diferente da época que tinha 20 e poucos anos.
Acho que estou passando por uma fase onde diversas ilusões estão ruindo. O modo de enxergar a vida tem sofrido alterações profundas. Muitas vezes bem doloridas.
Sonhos e fantasias têm sido substituídos por projetos e tentativas de me acalmar.Tenho percebido que a paciência talvez seja a virtude mais importante na vida.
Acho que ainda vai levar um tempinho para eu me adaptar à nova realidade. Mas se por um lado tenho sofrido um pouco, por outro tem sido libertador.
Uma das maiores compreensões que tenho tido é a de que eu estou longe de ser a pessoa que eu achava que eu era. Bem longe. Não falo isso com nenhuma autopiedade ou sentimentalismo, é uma mera constatação mesmo. E isso está me aproximando das outras pessoas. Tenho sentido um senso de fraternidade maior, uma sensação de que a luta é difícil e bonita para todo mundo.
Não sei se é por causa das dificuldades deste processo de crescimento, mas tenho admirado cada vez mais as pessoas idosas. Quanto mais rugas na cara, quanto mais fios de cabelos brancos na cabeça, mais beleza enxergo em seus olhares. É como se cada ruguinha representasse uma dificuldade ultrapassada, uma fantasia arruinada, um sonho perseguido.
Outro dia vi na tv um seriado com a Irene Ravache. Ele estava com os cabelos todos brancos, cortados estilo channel. Eu me apaixonei por aquela figura. Não sei o que me chamou a atenção, só vi uma beleza naqueles cabelos.Brancos. Estilo channel.
A integridade é sedutora. Envelhecer de forma íntegra talvez seja o movimento mais belo do ser humano.
É uma pena que vivamos em uma sociedade onde beleza e juventude são quase sinônimos.
Acho que estou passando por uma fase onde diversas ilusões estão ruindo. O modo de enxergar a vida tem sofrido alterações profundas. Muitas vezes bem doloridas.
Sonhos e fantasias têm sido substituídos por projetos e tentativas de me acalmar.Tenho percebido que a paciência talvez seja a virtude mais importante na vida.
Acho que ainda vai levar um tempinho para eu me adaptar à nova realidade. Mas se por um lado tenho sofrido um pouco, por outro tem sido libertador.
Uma das maiores compreensões que tenho tido é a de que eu estou longe de ser a pessoa que eu achava que eu era. Bem longe. Não falo isso com nenhuma autopiedade ou sentimentalismo, é uma mera constatação mesmo. E isso está me aproximando das outras pessoas. Tenho sentido um senso de fraternidade maior, uma sensação de que a luta é difícil e bonita para todo mundo.
Não sei se é por causa das dificuldades deste processo de crescimento, mas tenho admirado cada vez mais as pessoas idosas. Quanto mais rugas na cara, quanto mais fios de cabelos brancos na cabeça, mais beleza enxergo em seus olhares. É como se cada ruguinha representasse uma dificuldade ultrapassada, uma fantasia arruinada, um sonho perseguido.
Outro dia vi na tv um seriado com a Irene Ravache. Ele estava com os cabelos todos brancos, cortados estilo channel. Eu me apaixonei por aquela figura. Não sei o que me chamou a atenção, só vi uma beleza naqueles cabelos.Brancos. Estilo channel.
A integridade é sedutora. Envelhecer de forma íntegra talvez seja o movimento mais belo do ser humano.
É uma pena que vivamos em uma sociedade onde beleza e juventude são quase sinônimos.
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