sexta-feira, 8 de junho de 2012

- Mas eu tenho refletido sobre isso, sabe..é como se jogássemos ping pong com a vida...o ponto, entretanto, é que a vida sempre devolve a bolinha certo...sempre...nós é que não percebemos...e aí quando a bolinha volta meio torta, ou meio longe, ou devagar demais, a gente fica puto,achando que a vida não sabe jogar.. e aí xinga, grita, dá uma porrada com a raquete...ou chuta a bolinha pra fora da mesa...mas, de algum forma, a vida vai buscar e devolve...sempre certo..sempre certo...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

"e o teu medo de ter medo de ter medo..." ...em abril de 2008 eu escrevi um post sobre o renato russo...nada demais, só uma singela demonstração da minha admiração pelo legião... nos últimos anos eu tenho ouvido muito pouco - ou nada - os caras...ficou naquele lugar do meu hard disk, junto com o raul seixas, o sepultura e o nirvana, onde estão guardados os pedaços mais significativos da minha adolescência e que, com a chegada da idade adulta, não tiveram mais espaço...foram sendo substituídos pela responsabilidade, pelo cinismo e pela tentativa atroz de manter-me equilibrado...até me lembro de em algumas conversas dizer que não era tão fã...que achava legião coisa de adolescente... "mas egoísta que eu sou, esqueci de ajudar a ela como ela me ajudou" ...essa semana rolou o show com o wagner moura nos vocais...e eu nao consigo parar de ouvir a banda...vi os dois dias de show e trabalhei a semana inteira ouvindo Ainda é Cedo, Teatro dos Vampiros, Fábrica etc etc etc... "ás vezes parecia que de tanto acreditar em tudo que achávamos tão certo, teríamos o mundo inteiro" ...e,à medida que ouço, sinto um gosto fortíssimo da minha própria adolescência...de um romantismo ingenuo...de uma rebeldia inócua..de uma paixão arrebatadora pelas coisas...e é muito bom...é como se o renato, o dado, o marcelo, o wagner e as sete mil pessoas que cantavam em uníssono a história de joão de santo cristo tivessem sido colegas de ginásio...que tivessem crescido junto comigo...que tivessem varado madrugadas comigo nas lojas de conveniência, tomando cerveja barata e sonhando com o futuro...que tivessem acompanhado a transformação da minha geração...a chegada de uma geração completamente diferente, com vontades e desejos absolutamente diferentes. .."quando o que eu mais queria era provar pra todo mundo que eu não precisava provar nada pra ninguém" ...de certa forma, sinto orgulho desses caras...e de mim mesmo. ..que bom que é possível trazer de volta coisas da Lixeira.