terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Eu prefiro o Wolverine

Fazendo hora pra ir embora aqui na firma, dei um rolê pela blogosfera. Sei lá como, achei um blog muito bacana. Após ler alguns textos, um me fez pensar um pouquinho mais (como diria meu pai "é esse o cheiro que estava sentindo...")

Copio o link aqui:

http://teixos.blogspot.com/2008/12/meus-heris-que-no-morreram-de-overdose.html

Cara, respeito a opinião do autor mas não poderia discordar mais do texto.

Desde quando alguém é obrigado a engajar-se em alguma coisa só porque tem como profissão cantar, atuar, pintar, seja lá o que for? Acho justamente o contrário...não seria um exercício extremo de egocentrismo e de vaidade sair por aí expondo o que você acha sobre o mundo?
(às vezes, me pergunto se o mero fato de eu ter um blog já não é efeito de uma vaidade minha mas como não consigo chegar a conclusão nenhuma continuo escrevendo..)

O título do post é bem significativo: há a palavra heróis, parafraseando a música do Cazuza...

Heróis, que engraçado. O sujeito tem um grande talento pra cantar. E aí, por causa de uma organização social que eu não tenho capacidade de analisar, ganha milhões e milhões de dólares, aparece na TV e então, pluft, vira herói. Ou Satã.

É um novelo bem gordo cujo fio eu não estou com vontade de puxar. Falta de autoestima = cultura da celebridade = lucros monstruosos = fábrica de heróis = etc = etc = etc

Mas enfim, ainda bem que eu não tenho talento pra nada, afinal ninguém cobra engajamento sócio-político de analistas de marketing...

4 comentários:

Anônimo disse...

Eu concordo muito com você. Curioso é que devíamos cobrar engajamento político primeiro de nós mesmos antes de cobrar dos outros, não? E "herói" me parece uma idéia tãaao infantil. Não sei, eu acho. (sacou a referência??)

Rodrigo disse...

Fala Oco!
Obrigado pela visita. Debate de idéia é sempre bom.
Pois é, vou concordar "disconcordando" com vc.
É verdade, ninguém tem obrigação de se engajar. Nem artista, nem ninguém. Mas é uma pena, as vezes faz falta.
Arte, e por consequencia, artistas, tem a meu ver um papel nesse sentido. De provocar. De catalizar. De balançar as coisas. Senão sobra apenas o jogo de quem vende mais.
Usei o Caetano como exemplo, por causa do post dele no "Obra em Progresso", mas talvez ele nem seja a pessoa mais indicada, porque bem ou mal, ele se expressa, mesmo que as vezes, eu espere mais dele.
Esses caras viraram meus heróis (e não é infantil,já me explico), tanto pelo seu talento quanto pela sua coragem no passado. Porque davam vazão a coisas que EU sentia, mas não tinha quem me ouvisse (não tinha internet na época, hehehe).
Então, vc tem razão, nenhum artista precisa fazer o papel de engajado. Mas quando uma classe inteira se cala, como no Brasil hoje, eu acho triste.
Anne: Engajado eu já sou, sempre fui. Penso mais na molecada de hoje que não tem esses que eu chamo de heróis, para se identificar. Só meia dúzia de emo ou cantor de Axé. Herói, não é do tipo que se pendura poster na parede. É no sentido de admiração mesmo, pelo trabalho, pela vida, pela coragem.
Tenho vários heróis pessoais, em várias áreas da vida, sem medo de parecer infantil.

Abraço, desculpe a msg tão longa. Se não se importar, vou linkar teu blog, que também achei muito bom!

Anônimo disse...

Rodrigo, gostei do seu post. Vou visitar o seu blog. O blog não é meu, mas volte sempre! Anne

Homem Oco disse...

pô, to orgulhoso de mim mesmo por ter gerado essa conversa (bom, na verdade a responsabilidade é do rodrigo né..)

rodrigo, bacana, valeu por ter exposto seu ponto de vista!

ni, show de bola!! já te disse isso mas vc é a convidada mais importante!