sábado, 28 de março de 2009

O Tempo

"Um autor desconhecido escreveu certa vez que a alegria, a tristeza, a vaidade, a sabedoria, o amor e outros sentimentos habitavam uma pequena ilha. Certo dia, foram avisados de que esta ilha seria inundada.
Preocupado, o amor cuidou para que todos os outros fossem salvos, falando: fujam todos, a ilha vai ser inundada. Todos, então, se apressaram a pegar seu barquinho e se abrigar em um morro bem alto no continente. Só o amor não teve pressa.

Quando percebeu que ia se afogar, correu a pedir ajuda.

À riqueza apavorada, o amor pediu: riqueza, leve-me com você. Ao que ela respondeu:não posso, meu barco está cheio de ouro e prata e não tem lugar para você.

Passou, então, a vaidade e ele disse: dona vaidade, leve-me com você. Sinto muito, você vai sujar meu barco.

Em seguida passou a tristeza e o amor suplicou: senhora tristeza, posso ir com você? Amor, estou tão triste que prefiro ir sozinha.

Passou a alegria mas se encontrava tão alegre que nem ouviu o amor chamar por ela.

Então passou um barquinho onde remava um senhor idoso que disse: sobe, amor, que eu te levo. O amor ficou tão feliz que não se lembrou de perguntar o nome do velhinho.

Chegando ao morro alto, onde já estavam os outros sentimentos, ele perguntou à sabedoria: dona sabedoria, quem era o senhor que me amparou? E ela respondeu: o tempo. O tempo? Mas por que ele me trouxe até aqui? Porque só o tempo é capaz de ajudar e entender o grande Amor.

Dentre todos os dons que a Divindade concede ao homem, o tempo tem lugar especial. É ele quem acalma as paixões indevidas, ensinando que tudo tem sua hora e local certos.

É ele quem cicatriza as feridas das profundas dores, colocando algodão anestesiante nas chagas abertas.

É o tempo que nos permite amadurecer através do exercício sadio da reflexão, adquirindo ponderação e bom senso.

É o tempo que desenha marca nas faces, espalha neve nos cabelos, leciona calma e paciência quando o passo já se faz mais lento.

É o tempo que confirma as grandes verdades e destrói as falsidades e os valores ilusórios.

O tempo é, enfim, um grande mestre que ensina sem pressa, aguarda um tanto mais e espera que cada um, por sua vez, se disponha a crescer, servir e ser feliz.

E é o tempo, em verdade, que nos demonstra, no correr dos anos, que o verdadeiro Amor supera a idade, a doença, a dificuldade e permanece conosco para sempre."

Recebido de um grande amigo.

quarta-feira, 18 de março de 2009

É bom começar a se coçar...

Ontem rolou um evento no trampo. O convidado/palestrante foi o presidente do IPEA, Marcio Pochmann. O tema da conversa era a relação capital x trabalho na atualidade.

Um dos papéis do IPEA é fornecer previsões macroeconômicas das décadas futuras. Para isso, entre outras análises, é fundamental um estudo da sociedade, como expectativa de vida e organização dos meios de produção.

Me chamou a atenção como alguns pontos de vista por ele trazidos já faziam parte de conversas que tenho com pessoas próximas.

Segundo ele, estamos passando por uma fase de mudanças profundas na organização social. Há exatos 100 anos, a expectativa de vida do brasileiro médio era inferior a 40 anos. Além disso, a maioria do trabalho disponível era no campo ou nas poucas fábricas que começavam a aparecer. Trabalhos fundamentalmente braçais. Daí deriva-se o fato das pessoas iniciarem a vida profissional muito jovens, aos 9, 10 anos de idade. Já estava-se entrando no segundo quarto de vida e a necessidade de estudo (leia-se preparo) era muito pouca.

Pois bem. Os anos foram passando. Veio a industrialização. A urbanização. Os avanços tecnológicos. A expectativa de vida aumenta a cada década. O trabalho deixa de ser braçal para transformar-se em intelectual. A necessidade de preparo é cada vez maior.

A previsão do IPEA para 2049 é que tenhamos uma expectativa média de aproximadamente 100 anos de vida. Isso significa que eu, hoje aos 30 anos, quando tiver chegado nos 70, ainda terei 30 anos de vida pela frente. Situação absolutamente diversa da dos meus avós. A lei, que prevê aposentadoria após 35 anos de trabalho, será absurda, uma vez que as pessoas trabalharão por 50, 60 anos durante as suas vidas (fora o fato de que a Previdência não conseguirá manter uma massa de desempregados por tanto tempo).

Ainda dentro deste raciocínio, o fato já dito da migração do trabalho do corpo para o intelecto somado ao advento das novas tecnologias está fazendo com que a barreira, antes muito clara, entre o tempo dedicado ao trabalho e o tempo dedicado à vida pessoal passe a inexistir. Passamos horas pensando no trabalho ou trabalhando, efetivamente, em horas que, teoricamente, deveríamos estar descansando.

Com tudo isso exposto, o Marcio terminou com algumas conclusões (e onde vejo diversas semelhanças a opiniões pessoais):

- não fará mais sentido as pessoas escolherem suas carreiras aos 17, 18 anos, visto que o horizonte de tempo dedicado a ela será muito maior do que era há 30 anos.

- Preparo (Educação) passa a ser um elemento constante, durante toda a nossa vida. Pessoas de 50, 60, 70 anos serão vistas nas escolas muito mais frequentemente.

- Será maior o número de pessoas que escolherão carreiras baseadas no que gostam efetivamente de fazer, pois ficará cada vez mais difícil ter uma vida suportável tendo um trabalho chato.

- Será muito comum termos 3, 4 carreiras diferentes ao longo da vida.

Quero terminar com dois comentários: se você que está lendo esse post tem menos de 50 anos, todas essas previsões aplicam-se a vc também. E, quando seu pai comentar "porque eu comecei a trabalhar aos 14 anos...", responda "é, mas eu vou trabalhar até os oitenta..."

sábado, 14 de março de 2009

Recebido de um grande amigo.

"Recebi de uma amiga um link de um clipe sensacional. Ele começa com um negro, músico de rua na cidade de Santa Monica, no Estado da California, nos Estados Unidos. A julgar pelo título, em Inglês, "Playing for Change" (Tocando por um Troco) nada de especial, pois me parece mais um clipe comum de algum músico desconhecido.
Antes de começar a canção, o músico fala um texto muito simples e bonito para apresentar o título da canção: "Stand by Me". Ele começa a tocar um violão velho e razoavelmente afinado, introduzindo o tema. Logo depois, entra com sua voz grave e profunda, cheia de intensidade e atitude, muito forte e bonita.
Aos poucos, outros músicos começam a tocar a canção, um a um, com seus instrumentos e vozes. O que é magistral é que cada músico gravou a sua parte em diferentes cidades do mundo, todos músicos de rua, talentosos, cheios de esperança e originalidade. Músicos americanos, brasileiros, europeus, asiáticos, indígenas, grupos percussivos e corais.
É impressionante a força que a música vai ganhando com a adição de cada instrumento, tudo muito bem arranjado e gravado. Os diretores Mark johnson e Johnatan Walls são profissionais premiados no cinema e na produção musical, e sempre trabalham em prol da educação. Creio que este projeto seja o mais ambicioso deles e certamente o mais trabalhoso.
Voltando ao título, percebi o seu duplo sentido, CHANGE pode significar "troco" ou "mudança". Um título perfeito para um projeto tão significativo. Assistindo ao clipe, percebe-se o poder real da música, o seu poder de unir as pessoas, de entendimento e de educar. A música não precisa de nação, de leis, de idioma, de conceitos sagrados, de religião e nem de política. A linguagem é simples, direta e honesta. Ela não esta aqui simplesmente pelo lucro, pelo dinheiro, não há crise financeira que acabe com a música, ela sempre vai existir na alma das pessoas e isto governo nenhum tira. Não importa se você é um músico morador de rua ou um músico profissional consagrado, a comunicação flui de acordo com a linguagem de cada instrumento e performance de cada um, livre, sem barreiras.
Assista ao vídeo com o coração aberto e reflita no que pode ser mudado no cotidiano e na rotina de cada um.
Participe da campanha e sinta-se parte de algo realmente grandioso, sem segundas intenções e sem politicagem. Isto pode mudar a nossa vida para melhor, principalmente no momento em que vivemos valores distorcidos e fúteis.

Por Andreas Kisser"

http://www.youtube.com/watch?v=T6fT1acr0u0

quinta-feira, 12 de março de 2009

Movimento Pró Subjuntivo

Volta e meia rolam uns fenômenos linguísticos com a nossa querida "ultima flor do lácio".

Teve a época do "a nível de", a época de "inglesar" tudo, mais recentemente o famigerado gerundismo entre outros.

Pois eu quero manifestar minha completa reprovação a um novo movimento (não é tão novo assim mas tenho ouvido muito ultimamente): os assassinos do subjuntivo!!
Tudo bem, não é muito fácil lidar com uma língua que tem Indicativo, Subjuntivo, Imperativo e o diabo mas vamos deixar o subjuntivo viver, meu povo, ele merece!!

Vamos lá:

Você quer que eu peguE ?
....que eu liguE?
...que eu façA?
...que eu atendA?

Não é tão complicado!

Ó, até copio aqui um link recebido de um amigo para quando houver dúvidas...

http://linguistica.insite.com.br/cgi-bin/conjugue

Fui

sexta-feira, 6 de março de 2009

Shiva e Ganhesa

Há várias forças no Universo. O sexo, o ódio, o amor. O amor é a força que sustenta o Universo. A Natureza Divina.
Todos nós, como seres da natureza, manifestamos essas forças em maior ou menor grau, dependendo do nosso estágio evolutivo, das circunstâncias e do nosso trabalho interno.

Na Mitologia Hindu, a divindade dentro de cada ser, o amor, é representada pelo Deus Ganesha. Ganesha também é o Deus removedor dos obstáculos.

Ganesha é filho do Deus Shiva. Shiva, juntamente com o Vishnu e Brahma, forma a " Santíssima Trindade" do Hinduísmo.

A força Brahma representa a criação. A sabedoria.Os aspectos ligados à paz, à serenidade e plenitude. Rege os chacras (centros de força) laríngeo, frontal e coronário.

A força Vishnu representa a preservação. O coração. A devoção.Rege os chacras do plexo solar e cardíaco. Krishna, o morador interno, é um aspecto de Vishnu.

A força Shiva representa a destruição. A morte do velho e o nascimento do novo. A mudança.Rege os chacras raiz e sacro, ligados à força, à coragem, à determinação.

Todos nós somos Deus, temos o amor em nosso ser. A capacidade de manifestá-lo e alimentá-lo depende exclusivamente de nosso esforço em remover nossos obstáculos internos. Abrir nossas janelas. Destruir nossas características menos elevadas que impedem esse florescer.

O amor é filho da destruição.