sexta-feira, 18 de março de 2011

Um dos livros mais significativos que eu li na vida chama-se Siddhartha, escrito pelo alemão Hermann Hesse.

O livro é pequeno e fácil de ler mas talvez seja o mais profundo que já tive contato. A ponto de eu ter certeza de nao ter maturidade para captar a essência do que foi escrito.

Vou rele-lo daqui a alguns anos, na esperança de ter uma leitura mais completa do texto.

Eu não indico a sua leitura para ninguém. Está naquele rol de obras de arte em que se encontram filmes como o Anticristo do Lars Von Trier ou  músicas da Enya..a probabilidade é de que 95% das pessoas não entendam ou achem chato. Falo isso super numa boa (desprezo aquelas pessoas que se consideram "acima da massa" ao dizer que entenderam determinado filme ou gostam de determinado tipo de música...na maioria das vezes, o filme é chato pra caramba mesmo e a música é um porre...). Mas, se você tiver vontade e se esforçar para refinar seu gosto, vai descobrindo uma dimensão de prazer em manifestações artísticas que antes não alcançava. E é a isso que me refiro.

Acabei dando uma desviada do que queria dizer. Voltando.

O livro conta a história de um cara em busca de si mesmo.

Lá pelas tantas, ele vai procurar emprego. Depois de passar anos como um asceta (alguém que renuncia ao mundo material e dedica-se à meditação e aos estudos espirituais), sem encontrar a realização que buscava, ele decide retornar ao mundo e viver como todos nós. Quando lhe perguntam "o que você sabe fazer?", ele responde "eu sei esperar."

Tá aí uma competência que eu preciso, urgentemente, aprender...

5 comentários:

Cesar disse...

pois é...eu acho extramente difícil a linha tênue entre paciência e comodismo. Tem certas coisas que tem seu tempo certo para acontecer, tem outras que só não aconteceram pq a gente não fez nada a respeito. e para saber a diferença entre as duas e agir de acordo, eu acho uma tarefa bem complexa...

Rivotril disse...

sendo bem simplista, nos dias de hoje com tanta conectividade, se você estiver na fila do banco e tiver que esperar sem ligar o ipod ou jogar algum jogo cretino no celular já está valendo. Se tiver que esperar alguém no carro sem ligar o som e apenas apreciar a rua já está bom, se tiver que esperar ser atendido no médico sem folhear uma revista tb está bom... O "esperar" pode ser lido de várias formas, para mim é um momento onde você simplesmente não tem ação nenhuma sobre o que vai acontecer e precisa ficar em paz contigo mesmo.

Homem Oco disse...

eita galera, ótimos comentários...foi exatamente isso que quis dizer..qdo há algo a ser feito, deve ser...e qdo não há,a nao ser aguardar?

abs

Anônimo disse...

Caião, muito bem definida a questão do esforço, muitas vezes necessário, para apreciar (compreender) as artes...
Sobre esperar, talvez o que seja necessário é a certeza de não existir alguma ação de responsabilidade sua, então a fé pode ser uma ótima companheira!
Um saudoso abraço,
Fred

Homem Oco disse...

fala meu brother! valeu pelo comentário!

grande abraço