quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A tristeza nos torna humanos

"Quando sou fraco, sou forte"
Paulo de Tarso


Ontem tava pensando no filme Babel. Lembro de ter gostado muito quando assisti mas uma ficha só caiu ontem (um tempão depois pois vi no cinema). Eu não lembro bem de como termina o nucleo do Brad Pitt mas os dois outros nucleos terminam com o sofrimento extremo aproximando os personagens (se vc não viu o filme, sorry...sorry nada, vá ver agora...). A cena da menina japonesa nua totalmente entregue é avassaladoramente tocante e geradora de compaixão.

Quem nunca se viu passando por uma tristeza muito profunda talvez não entenda. Quando estamos prestes a sucumbir e nos desesperar, surge em nós um sentimento de compaixão pelos outros seres humanos surpreendente. É como se nossa alma se identificasse com a dos outros e, como nossas forças se esvaíram, passamos a respeitar qualquer ajuda que surgir, de qualquer ser humano, com um grande senso de gratidão.

O ponto é que, por alguma razão que eu desconheço, só tenho visto verdadeiras transformações em seres humanos através da dor.

O amor verdadeiro só surge da dor.

Todas as tradições espirituais afirmam que o sofrimento é renovador. Mas é só observar a natureza humana para perceber esta lei natural. A dor profunda leva à mudanças. Podemos naufragar, é verdade, cada um sabe onde estão suas forças e seu poder de emergir, mas geralmente a colheita é uma transformação significativa.

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