Qualquer pessoa que saiba andar de bicicleta deve ter passado por um processo de aprendizagem semelhante: começamos a andar com duas rodinhas de apoio; depois, sob incentivos entusiasmados de quem nos orienta, tiramos uma das rodinhas e, finalmente, em algum momento, mais encorajados pela primeira conquista, tentamos sem nenhuma das duas. Esta fase é a mais importante. Aqui, levamos alguns tombos que podem ser bem duros e a nossa confiança em nós mesmos, no processo e até em quem está nos orientando é posta em xeque várias vezes.
Quando estamos na outra ponta, a de quem está ensinando, percebemos que os choros e as dores têm menos a ver com os tombos em si e mais com a personalidade da criança. Nesse momento, nossa postura pode fortalecer ou diminuir a confiança e, consequentemente, a vontade dela em progredir.
O curioso é que fica claro, para nós, apenas então, qual postura carrega mais amor e carinho.
É perfeitamente possível andar pelo resto da vida sem tirar as rodinhas. Porém, no coração de quem nos ensina, haverá um tiquinho de tristeza.
2 comentários:
Depois você me conta de onde veio a inspiração para o (bom) texto. Desconfio que tem pouco a ver com bicicletas...Abraços!
Masa
Salve Masa...desculpe a demora na resposta...andei meio sumido daqui...hehe, de uma coisa meio prosaica chamada vida...:)
valeu pelo comentário.
abs
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