terça-feira, 25 de novembro de 2008

Ainda bem que inventaram o chocolate...

A vida me presenteou com uma enorme oportunidade de desenvolvimento. Eu descolei um trampo onde sou a única figura masculina entre 9 pessoas. É isso aí, sou eu e 8 mulheres dividindo o mesmo espaço por 8 horas diárias.

Antes que os mais engraçadinhos pensem que eu sou felizardo, peço que leiam novamente o que escrevi: eu e mais 8 mulheres dividindo o mesmo espaço por 8 horas diárias.

Eu amo as mulheres. Juro. Acho seres interessantíssimos. Sensíveis. Ilógicos. Surpreendentes. Belos. Extremamente sedutores. Mas o paradoxo feminino é indecifrável até pra Champollion: vc e uma mulher é o paraíso, vc e várias mulheres é o inferno...

Alguns comportamentos que as minhas queridas colegas de trabalho repetem rotineiramente:

- falar compulsivamente, sempre, sobre todos os assuntos possíveis

- falar mal dos outros (se o objeto em questão for outra mulher, aí então dá até pena...se o objeto em questão for outra mulher e gata, vixe, saio até de perto)

- alterações de humor drásticas em questão de minutos

- chantagem emocional

- usar o charme pra conseguir o que se quer

- preocupar-se mais com o "como" algo foi dito do que com o "que" foi dito

- crises de choro

Hoje o bicho pegou forte no escritório. Sei lá o que aconteceu que a minha chefe e o resto da mulherada estavam com um mal humor da bixiga...sem ofensas machistas, mas isso aqui parecia um galinheiro durante um ataque raposal....foi aí que percebi que realmente estou desenvolvendo minha capacidade de concentração e de não me alterar...

Como dizia o velho sábio, há que se fazer limonadas dos limões que a vida nos dá...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Cidadão Queine tupiniquim

Colocaram o Fabio Assunção na capa da Veja. "A luta pela vida" era o tema. O uso da imagem dele não foi autorizado (bem, acho que ninguém autorizaria o uso da sua imagem naquelas circunstâncias...). O cara não tem nem o direito de se drogar. Vira ícone da derrocada.

Cara, puseram o cara na capa. A revista deve ter uma tiragem de 2 milhões de exemplares. São 2 milhões de famílias vendo a tua cara e pensando "coitado", ou "bem feito", ou "falta Deus na vida dele".

Não quero entrar aqui no mérito das drogas. Só esse assunto daria 4 posts. A questão é: qual o objetivo real dos caras em expor uma pessoa desse jeito? Não engulo o "serviço público". Isso é balela. A questão das drogas já foi discutida milhares de vezes em outras revistas de massa como Super Interessante ou Galileu ou Mente e Cérebro (todas são tão acessíveis quanto a Veja. Estão em todas as bancas.Se a tiragem é menor é porque menos pessoas compram) e nenhuma expôs um ser humano desse jeito.

Se eu já tinha algum desprezo pela Veja, agora é total. A Veja, pra mim, representa aquela parcela da classe média que se julga com senso crítico. Aquela que não tem vontade de alargar suas percepções. Aquela que engole tudo o que lhe dão. Aquela que acha o Mainardi engraçado sem perceber quão raso e egocentrico ele é. Aquela que acha a Lia Luft profunda. Aquela que finge que entende o que o Millor escreve (ou desenha, sei lá o que é aquilo...). Aquela que não percebe que metade da revista é anúncio. Aquela que, talvez, seja tão manipulada e cúmplice da bosta que vivemos quanto a classe baixa.Nossa, como eu detesto essa revista...

Eu sou da classe média. Se eu sinto tanto desprezo por este comportamento, é porque devo te-lo em larga escala. Mas juro que tenho trabalhado isso. Juro que tenho tentado desenvolver um senso crítico. Juro que antes de comprar o último celular que lançaram, eu me pergunto se realmente preciso. Juro mesmo. Devo cometer vários deslizes nesse processo mas estou me esforçando.

O problema é que o poder que a imprensa assumiu é avassalador. E a única saída é o senso crítico das pessoas. Não preciso dizer mais nada...

Eu devo ser muito chato.

Cala a boca moleque e vai comprar um celular bacana...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Quem mexeu no meu presunto?

Apesar da pouca idade, já tive umas andanças por aí em termos profissionais...já servi o exército, trabalhei em multinacional, dei aulas de inglês, fui dono de negócio, fiz uns trabalhos como ator amador, ajudei uma ONG...e esses dias andei pensando uma coisa: existem algumas características que ajudam, muito, alguém a prosperar na carreira que escolheu, qualquer que seja ela, de artista a minerador, de prostituta a coveiro.

Vou desconsiderar o fator técnico do ofício já que é óbvio que é necessário saber fazer o que se propõe e a questão ética (bom, nem sempre ética conta na escalada profissional mas isto é um outro assunto...) portanto refiro-me aqui apenas a questões comportamentais.

Não sei se são as mais importantes mas acho que estão,definitivamente, entre as top 5.

1) Capacidade de se relacionar com os outros.

Tudo, no fundo, é sobre gente. Se vc não gosta de gente, fodeu-se. Mesmo se vc trabalha como biólogo marinho em Abrolhos, vai precisar se relacionar com pessoas. Portanto, aprenda a se relacionar harmoniosamente com os outros.
Se você trabalha com muitas mulheres então, isso passa a ser quase a única habilidade necessária...

2) Engolir sapos

Não tem jeito. É preciso aprender a engolir sapos. Aquela estória do policial fodão que não leva desaforo pra casa e se dá bem, só existe em filme do Bruce Willis. Se aprendermos a respirar e não reagir na hora da raiva, a chance de nos metermos em encrencas cai exponencialmente.

3) Manter-se sereno durante as crises

Ai jesus, essa é foda! Não me refiro a ser durão ou aguentar as porradas mas a deixar os pés bem firmes no chão, a cabeça serena e saber que a tempestade vai passar. Durante a calmaria é fácil, a questão é quando as ondas de 7 metros estiverem jogando seu barquinho pra lá e pra cá. Quem conseguir manter-se sereno nesta hora, tem grande vantagem.
Para isso, é preciso treino. Achar situações onde nosso conforto (às vezes físico mesmo) seja desafiado.

É isso.

Sei que não escrevi nenhuma novidade mas o ponto é levar esses comportamentos realmente para a prática. Esse é o grande desafio!


PS: fala aí vai, eu deveria escrever um livro de auto ajuda e ficar ricão...