Apesar da palavra Zen ter se transformado em um adjetivo que qualifica qualquer coisa relacionada a um estado de paz e tranquilidade, o Zen é, essencialmente, uma das escolas de uma das linhas da filosofia budista. Saído da Índia para a China e posteriormente para os outros países da região, como Coréia e Japão, o Zen tornou-se popular por aqui com a vinda de muitos professores para o Ocidente no século passado.
Mesmo dentro do Zen, há diferentes tradições - como a Soto e a Rinzai - onde abordagens diversas são aplicadas.
Uma das mais comuns é o estudo de koans. Koans são pequenos versos ou historietas que contêm alguma lição implícita.
Como eu sou um baita de um fução, já conheci diversos koans. A grande maioria não mudou absolutamente nada na maneira com a qual eu vejo a vida, mas alguns, sim.
Um sobre o qual tenho particular carinho conta que o discípulo, após anos de prática monástica, pede ao mestre para sair do templo em peregrinação. O mestre questiona o que o discípulo quer ver lá fora, uma vez que os ensinamentos mostram que tudo que deve ser aprendido está aqui e agora. O discípulo pensa, pensa e responde: eu não sei. O mestre então permite a jornada.