Outro dia, por causa do curso que faço, precisei fazer um trabalho sobre os arquétipos existentes. Fucei no google (como a galera vivia sem o google ?!) e achei diversas explicações para arquétipo. Confesso que precisei ler algumas para entender claramente.
Arquétipo, a grosso modo, é um fenomeno psíquico individual que ocorre de maneira coletiva. Ou seja, rola individualmente mas em muita gente.
Dentre os mais conhecidos estão o Herói, a Grande Mae e
a donzela.
O que mais curti (ou me identifiquei, sei lá) foi o do Velho Sábio.
O arquétipo do Velho Sábio representa a relação do ser com a transcendência. Como encaramos a imprevisibilidade do destino. Quanta energia colocamos na crença de que temos controle sobre a nossa vida.
Este arquétipo representa o momento em que o ser apazigua o coração com total devoção à força maior da natureza e consegue levar uma existência serena e tranquila.
No lugar do Velho Sábio pode surgir o velho decadente, quando o ser continua arraigado aos desejos do Ego e vive nas frustrações do que poderia ter sido mas não foi ou será.
Interessante notar que o fenômeno não tem relação direta com a cronologia da nossa vida. O aspecto do Herói pode surgir em seres humanos já em idade avançada, assim como o Velho Sábio pode surgir em pessoas extremamente jovens.
Me chamou muito a atenção a descrição deste arquétipo pois,
semanas antes, lendo o Bhagavad Gita comentado pelo Gandhi,
entendi que a única maneira de chegarmos à sabedoria é através da devoção, no sentido de que devoto é aquele que acredita no Todo com o coração e, consequentemente, assim determina suas atitudes em vida.
Acho realmente incrível quando linhas tão diversas de abordagem da existência humana convergem tão claramente.